Desapropriados pelo Exército: agricultores de Papanduva e suas lutas (1956-1987)

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Desapropriados pelo Exército: agricultores de Papanduva e suas lutas (1956-1987)

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dc.contributor Universidade Federal de Santa Catarina pt_BR
dc.contributor.advisor Machado, Paulo Pinheiro
dc.contributor.author Luca, Matheus Giácomo de
dc.date.accessioned 2019-08-22T16:39:28Z
dc.date.available 2019-08-22T16:39:28Z
dc.date.issued 2019-06-19
dc.identifier.uri https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/200068
dc.description TCC (graduação) - Universidade Federal de Santa Catarina. Centro de Filosofia e Ciências Humanas. História pt_BR
dc.description.abstract A presente pesquisa tem como objetivo analisar o processo de desapropriação para instalação do Campo de Instrução Marechal Hermes (CIMH) e seus desdobramentos (1956-1987), a partir das memórias de Ebrahim Gonçalves de Oliveira, herdeiro de uma porção considerável de terras e reconhecido pelos seus pares como a pessoa credenciada a falar sobre os eventos aqui estudados. O CIMH foi instalado no ano de 1952, após a passagem das terras pertencentes a Southern Brazil Lumber and Colonization Company para o Ministério da Guerra. Porém, a área foi considerada insuficiente para a ervergadura das manobras que o Exército pretendia fazer na região. Para atender as demandas dos militares é assinado em 1956, pelo então presidente Juscelino Kubitschek, o Decreto nº 40.570 de 1956, que desapropriava 89 propriedades contíguas a área que pertencia a Southern Brazil Lumber and Colonization Company. Porém, a retirada das famílias ocorreu somente no ano de 1963, após imissão de posse concedida pela justiça em favor do Exército, a qual determinava que a desocupação deveria ser efetivada em 48 horas. As famílias foram retiradas de suas casas com seus pertences pessoais e alguns poucos animais em caminhões do Exército e foram despejadas em casas de parentes e em praça pública na cidade de Canoinhas/SC, haja visto que não haviam recebido prévia e justa indenização. Os processos indenizatórios se arrastaram até o ano de 1975, o que levou a uma alta desvalorização das indenizações devido a inflação e a valorização das terras. Por conta dos valores propostos terem ficado muito abaixo do esperado as famílias atingidas começaram a se organizar ainda na década de 1970, primeiramente por meio de uma sociedade de caráter jurídico denominada Sociedade Núcleo Rural Papuã (SNRP) e posteriormente, na década de 1980, por meio de ocupações e acampamentos. Para explicar o processo histórico acima mencionado, primeiramente, farei um panorama histórico sobre a questão agrária no Brasil nas décadas de 1950 e 1960. Em seguida, uma breve descrição da atuação da Southern Brazil Lumber and Colonization Company na região do Planalto Norte, seu processo de estatização e sua posterior passagem para o Ministério da Guerra. Na segunda parte, dividida em dois capítulos, tratarei especificamente das memórias de Ebrahim Gonçalves de Oliveira, como o narrador significa a partir do trabalho da memória o seu cotidiano nas décadas de 1940 e 1950, o processo de desapropriação, os arrendamentos e busca por uma solução, seja pela justiça, seja por meio da organização social. Também vou me valer de entrevistas realizadas com outros herdeiros e herdeiras, além de alguns documentos escritos e da bibliografia já produzida sobre o tema, principalmente do estudo realizado pelo sociólogo Valmor Schiocher, intitulado “Esta terra é minha terra”. pt_BR
dc.format.extent 193 f. pt_BR
dc.language.iso pt_BR pt_BR
dc.publisher Florianópolis, SC pt_BR
dc.rights Open Access
dc.subject Desapropriação pt_BR
dc.subject Questão agrária pt_BR
dc.subject Memória pt_BR
dc.subject História Oral pt_BR
dc.title Desapropriados pelo Exército: agricultores de Papanduva e suas lutas (1956-1987) pt_BR
dc.type TCCgrad pt_BR


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