Plurinacionalidade e Socialismo na América Latina: Construção de uma Práxis Democrática e Emancipatória

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Plurinacionalidade e Socialismo na América Latina: Construção de uma Práxis Democrática e Emancipatória

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Title: Plurinacionalidade e Socialismo na América Latina: Construção de uma Práxis Democrática e Emancipatória
Author: de Andrade, Aline Recalcatti
Abstract: O presente trabalho pretende apontar a existência de uma possível relação entre estabelecer um Estado Plurinacional, como expressão de práticas de povos indígenas, com a perspectiva de emancipação universal, o socialismo. Para compreender tal relação foi feita uma pesquisa bibliográfica com diversos autores, para então realizar uma síntese teórica, em um debate reflexivo, das principais questões. Adota-se como pressuposto que toda teoria social responde a algum propósito, é por isso que essa se coloca como uma análise crítica que busca, ao compreender a realidade e suas contradições, a possibilidade de apontar caminhos que levem além da exploração capitalista existente. Para realizar o trabalho, foi primeiro necessário compreender os pontos fundamentais do Estado-nação na América Latina, observando seu contexto histórico e social no qual se deu sobre relações sociais de exploração, oprimindo os povos e nações originárias do continente. A construção do Estado-nação foi condicionada de acordo com a expansão e desenvolvimento do capitalismo mundial, o que resultou em um contexto específico na formação socioeconômica do continente, com uma complicada vinculação entre sociedade e Estado, e com a questão étnica inserida de modo relevante na complexidade das relações de classe. Assim, a pesquisa trata das diferentes formas civilizatórias que existem com os povos originários, com organizações sociais e políticas que não seguem a uma lógica capitalista, mas que não estavam legitimadas historicamente pelo Estado. A partir disso, entra-se em um debate sobre as possibilidades do sujeito indígena como sujeito histórico emancipador. É abordada a ideia da capacidade indígena com uma práxis política baseada em suas próprias formações sociais de caráter comunitário, como exemplo o Bem Viver, o sujeito indígena passando, então, a atuar como sujeito político com força social, que pôde reivindicar uma forma de Estado plurinacional. Busca-se argumentar que tal mudança ocorre com a construção de uma nova hegemonia através de um bloco dirigente, que se relaciona com o movimento popular indígena, alterando as instituições estatais e potencializando novas ideiasforça baseadas em sua própria visão de mundo. Além, portanto, da plurinacionalidade se configurar como outro formato de nação, composto de modo plural, e de se relacionar em um debate político sobre a forma de Estado, ela implica uma nova hegemonia que faz frente ao domínio neoliberal na região. Trata-se, pois, de uma análise da transformação desde o Estado, que altera relações sociais colonizadas e passa a legitimar perspectivas societárias indígenas inserindo-as na estrutura institucional, o que possibilita pensar uma diferente organização econômico-social com fundamentos democráticos e anticapitalistas.
Description: TCC (graduação) - Universidade Federal de Santa Catarina. Centro Sócio-Econômico. Relações Internacionais.
URI: https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/201012
Date: 2019-07-09


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