Alimentação, educação em ciências e a busca por outros mundos possíveis

DSpace Repository

A- A A+

Alimentação, educação em ciências e a busca por outros mundos possíveis

Show simple item record

dc.contributor Universidade Federal de Santa Catarina
dc.contributor.advisor Cassiani, Suzani
dc.contributor.author Almeida, Ana Paula Tridapalli de
dc.date.accessioned 2020-10-21T21:14:37Z
dc.date.available 2020-10-21T21:14:37Z
dc.date.issued 2019
dc.identifier.other 368489
dc.identifier.uri https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/215255
dc.description Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Programa de Pós-Graduação em Educação Científica e Tecnológica, Florianópolis, 2019.
dc.description.abstract Com inspiração na antropofagia curricular, buscamos cozinhar e devorar um delicioso banquete sobre alimentação. Dada sua complexidade e abrangência, entendemos que a alimentação se relaciona com saúde e meio ambiente; economia e política; história e cultura; tecnologia; mídia; ética; culinária; questões étnico-raciais, de classe e de gênero; e aprofundamos todas essas dimensões no decorrer do trabalho. No entanto, percebemos que os discursos sobre alimentação que circulam na educação em ciências têm como foco nutrição e saúde e todas as outras dimensões são silenciadas. Atribuímos esses silenciamentos a uma hierarquia entre os conteúdos considerados ou não científicos. Essa hierarquia é mantida por ideais de neutralidade e racionalidade, eurocêntricos e excludentes, que sustentam a colonialidade na educação em ciências. Essa colonialidade desvaloriza e destrói os saberes e os modos de ser, pensar e viver de povos empobrecidos e racializados, que fogem ao espelho eurocêntrico. Então, buscamos na educação decolonial latino-americana referenciais para romper com abordagens reducionistas e colonizadoras na educação em ciências. E na tentativa de experienciar práticas que miram a decolonialidade, desenvolvemos uma sequência didática com estudantes de 8º ano de uma escola de Florianópolis. Entendemos a educação decolonial como prática atenta e constante que tem como horizonte a humanização, a libertação e a superação de estruturas opressoras. A partir desse entendimento, nossas experimentações com as e os estudantes buscaram subverter noções antropocêntricas e egocêntricas de nutrição e saúde; denunciar os impactos ambientais e sociais do modelo agroalimentar moderno; evidenciar a fome, as desigualdades sociais, o racismo, as opressões de gênero e a exploração animal. Além das denúncias, também lançamos olhares sobre modelos agrícolas menos predatórios e promovemos práticas culinárias, a fim de contribuir para a autonomia e para a esperança e a luta por outros mundos possíveis, mais justos e solidários.<br>
dc.description.abstract Abstract: Inspired by curriculum anthropophagy, we cook and devour a delicious feast on food. Given the complexity and breadth of the food theme, we understand that it is connected to health and the environment; economics and politics; history and culture; technology; media; ethic; cooking; ethnic-racial, class and gender issues; and we delve into all these dimensions in the course of this study. However, we realize that discourses on food in science education focus on nutrition and health and all other dimensions are silenced. We attribute these silences to a hierarchy between the contents considered or not scientific. This hierarchy is supported by Eurocentric and exclusionary ideals of neutrality and rationality that underpin coloniality in science education. This coloniality devalues and destroys the knowledge and the ways of being, thinking and living of impoverished and racialized people who escape the mirror of Eurocentrism. We look to Latin American decolonial education for reference to break with reductionist and colonizing approaches to science education. And in an attempt to experiment with practices that target decoloniality, we developed a didactic sequence with 8th grade students from a school located in Florianópolis, SC, Brazil. We understand decolonial education as an attentive and constant practice that has as its horizon the humanization, liberation and overcoming of oppressive structures. From this understanding, our experiments with students tried to subvert anthropocentric and egocentric notions of nutrition and health; denounce the environmental and social impacts of the modern agricultural model; highlight hunger, social inequalities, racism, gender oppression and animal exploitation. In addition to the denunciations, we also look at less predatory agricultural models and promote culinary practices in order to contribute to autonomy and hope and to the struggle for other possible worlds, based on justice and solidarity. en
dc.format.extent 174 p.| il., gráfs.
dc.language.iso por
dc.subject.classification Educação científica e tecnológica
dc.subject.classification Nutrição
dc.subject.classification Ciência
dc.subject.classification Descolonização
dc.title Alimentação, educação em ciências e a busca por outros mundos possíveis
dc.type Dissertação (Mestrado)


Files in this item

Files Size Format View
PECT0417-D.pdf 11.50Mb PDF View/Open

This item appears in the following Collection(s)

Show simple item record

Search DSpace


Browse

My Account

Statistics

Compartilhar