dc.contributor |
Universidade Federal de Santa Catarina |
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dc.contributor.advisor |
Marques, Carlos Alberto |
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dc.contributor.author |
Marcelino, Leonardo Victor |
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dc.date.accessioned |
2020-10-21T21:25:22Z |
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dc.date.available |
2020-10-21T21:25:22Z |
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dc.date.issued |
2020 |
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dc.identifier.other |
370059 |
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dc.identifier.uri |
https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/216068 |
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dc.description |
Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Físicas e Matemáticas, Programa de Pós-Graduação em Educação Científica e Tecnológica, Florianópolis, 2020. |
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dc.description.abstract |
A Química Verde (QV) emerge na década de 1990 como um campo científico organizado em torno da prevenção da degradação ambiental pelos produtos e processos químicos. Nossa hipótese é de que a QV tem características de racionalidade prática, incorporando a dimensão e valores ambientais, mas pode reduzir-se à racionalidade instrumental, dificultando a evolução de toda a Química como uma ciência engajada na salvaguarda do ambiente. O objetivo geral deste trabalho é discutir os tipos de racionalidade presentes em produções de químicos verdes, tendo em vista seu papel na produção e no enfrentamento dos problemas ambientais e a necessidade e importância das racionalidades ao ensino de Química. O referencial teórico principal está pautado na Filosofia da Química, Filosofia da Tecnologia e Teoria Crítica para pensar os tipos de racionalidade, o método de atribuir causa e justificar logicamente os fenômenos. A pesquisa foi qualitativa e documental. Mais de 14 mil textos foram analisados por Análise de Cocitação e de Hubs e Autoridades Intelectuais da QV, elencando as 13 publicações mais relevantes como corpus analítico. Os resultados indicaram que a QV se baseia na racionalidade prática, sendo direcionada para a produção de inovações tecnológicas baseadas em procedimentos e regras de design, consolidadas nos 12 Princípios da QV. Na racionalidade ética, os valores ambientais são voltados à prevenção da: toxicidade, geração de resíduos, da não renovabilidade, dos perigos físicos, da não biocompatibilidade dos produtos químicos e da ineficiência energética e material dos processos. Os valores econômicos não aparecem explicitamente nos 12 Princípios da QV, mas foram argumentos muito utilizados para convencer os demais químicos, indústrias e governo sobre a viabilidade econômica das práticas verdes. Na racionalidade política, os químicos verdes usam a ocupação de posições de poder (acadêmico, econômico, político) como estratégia para implementar os valores ambientais, o que pode solapar os valores do campo em favorecimento aos interesses econômicos hegemônicos. Essa concessão de valores é uma característica da racionalidade instrumental na QV. Devido à racionalidade prática na QV, o Ensino de Química pode ser beneficiado pela aproximação com a Educação Tecnológica em seus cinco temas principais: modelagem, design, recursos, sistemas e valores humanos. Destes, a educação em design, o Pensamento Sistêmico Crítico e a Heurística Sistêmica Crítica apresentam grande possibilidade para estabelecer uma posição crítica frente às inovações científico-tecnológicas e desvelar o salvacionismo tecnológico. Conclui-se que a evolução a um Pensamento Sistêmico Crítico na abordagem da QV na formação de químicos e cidadãos pode contribuir para direcionar a Química para práticas mais ambientalmente benignas e para uma sociedade mais justa, democrática e sustentável. A pesquisa apresenta, inexoravelmente, certos limites devido ao tamanho do corpus analisado e pelo recorte da amostra situar-se à pesquisa acadêmica. Pesquisas futuras podem investigar discursos e práticas de outros sujeitos da QV, como educadores, criadores de políticas públicas e participantes da indústria química. |
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dc.description.abstract |
Abstract : Green Chemistry (GC) emerged in the 1990s as a scientific field organized around the threat of environmental degradation by chemical products and processes. The hypothesis is that a GC has characteristics of practical rationality, incorporating environmental dimensions and values, but it can be reduced to instrumental rationality, hindering the evolution of all Chemistry as a science engaged in safeguarding the environment. The general objective of this work is to discuss the types of rationality present in the production of green chemists papers, in view of their role in generating and combating environmental problems and the need and importance of these rationalities to Chemistry teaching. The main theoretical framework is based on Philosophy of Chemistry, Philosophy of Technology and Critical Theory to think about the types of rationality, the methods of attributing cause and logically justifying phenomena. This is a qualitative and documental research. More than 14 thousand texts were analyzed by Cocitation Analysis and by means of Intellectual Hubs and Authorities, with the 13 more relevant publications as the analytical corpus. The results indicated that GC is based on practical rationality, being directed towards the production of technological innovations based in design procedures and rules consolidated in the 12 GC Principles. In the ethical rationality, environmental values are aimed at preventing: toxicity, waste generation, non-renewable resources, physical hazards, non-biocompatibility of chemicals, and economic and material inefficiency of processes. Economic values do not appear explicitly in the 12 GC Principles, but they were widely used to convince other chemists, industries and the government about the economic viability of green practices. In the political rationality, green chemists occupy positions of (academic, economic or governamental) power as a strategy to implement environmental values, what can subsume the values of the field into the hegemonic economic interests. This concession of values is a characteristic of instrumental rationality in GC. Considered the practical rationality in GC, Chemistry Teaching can benefit from the approximation with Technology Education in its five main topics: modeling, design, resources, systems and human values. Of these, design education, Critical Systems Thinking and Critical Systemic Heuristics have great possibility of defining a critical position in the face of scientific-technological innovations unveiling technological salvationism. We concluded that the evolution to a Critical Systems Thinking in the approach of GC during the education of chemists and citzens in general can contribute to direct Chemistry towards more environmentally benign practices and towards a more just, democratic and sustainable society. The research has, inexorably, certain limits due to the size of the analyzed corpus and the restriction of the sample to analyzing academic research. Future research can investigate discourses and practices of other GC subjects, such as educators, policy makers and participants in the chemical industry. |
en |
dc.format.extent |
198 p.| il., tabs |
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dc.language.iso |
por |
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dc.subject.classification |
Educação científica e tecnológica |
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dc.subject.classification |
Química ambiental |
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dc.subject.classification |
Química verde |
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dc.subject.classification |
Química |
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dc.subject.classification |
Razão prática |
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dc.subject.classification |
Bibliometria |
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dc.subject.classification |
Meio ambiente |
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dc.subject.classification |
Proteção ambiental |
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dc.title |
Os tipos de racionalidade na química verde e suas relações com o ensino |
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dc.type |
Tese (Doutorado) |
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