Avaliação Experimental e Simulação Numérica da Degradação de Poluente Orgânico em Reatores Microfluídicos
Author:
Grignon, Dieter
Abstract:
Reatores microfluídicos são dispositivos miniaturizados que processam reações químicas no interior dos seus canais. Esses dispositivos vêm ganhando grande atenção devido as suas vantagens e sua ampla gama de aplicações. Nos últimos anos, os microrreatores se tornaram atraentes para processos fotocatalíticos. Sua grande razão área/volume reduz as limitações de transferência de massa e as dimensões miniaturizadas fornecem um caminho reduzido para as limitações de transferência de fótons, garantindo uma alta homogeneidade de iluminação. Neste sentido, esse trabalho teve o objetivo de avaliar a degradação de um poluente orgânico em um reator microfluídico via fotocatálise heterogênea através da abordagem experimental. Além disso, uma investigação foi conduzida para verificar a relação entre a vazão de alimentação da bomba peristáltica e a vazão na saída do microrreator. Para a realização dos experimentos, um reator microfluídico comercial foi utilizado, bem como o corante azul de metileno (AM), considerado o poluente modelo, além de dióxido de titânio (TiO2), usado como fotocatalisador depositado nas paredes internas do microrreator. O sistema foi irradiado com uma lâmpada UV. Os resultados mostraram que a curva de calibração do AM apresentou boa linearidade (R2 = 0,9994), podendo ser utilizada para quantificar as concentrações de AM a partir da absorbância. Verificou-se que as vazões de alimentação da bomba peristáltica (1,10; 1,83 e 2,56) mL/min foram muito altas para o reator microfluídico utilizado, pois as vazões na saída do microrreator não apresentaram variação significativa entre si (0,03 ± 0,014 mL/min). Adicionalmente, o dispositivo microfluídico foi capaz de atingir ~ 62% de degradação de AM para a menor vazão de alimentação. Por fim, a influência da concentração inicial do poluente foi observada, uma vez que a maior taxa de degradação (~ 47%) foi alcançada para baixas concentrações iniciais do poluente (2,5 mg/L), mantendo constante a vazão de alimentação.