Automedicação: Análise do Perfil Clínico-Epidemiológico dos Casos Registrados no Centro de Informação e Assistência Toxicológica de Santa Catarina

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Automedicação: Análise do Perfil Clínico-Epidemiológico dos Casos Registrados no Centro de Informação e Assistência Toxicológica de Santa Catarina

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Title: Automedicação: Análise do Perfil Clínico-Epidemiológico dos Casos Registrados no Centro de Informação e Assistência Toxicológica de Santa Catarina
Author: Guarda, Franthesco Niccolas Bertote
Abstract: A automedicação é definida como o uso de medicamentos para tratar doenças ou sintomas autorreconhecidos, por iniciativa própria de um indivíduo, sem a orientação e/ou prescrição de um profissional da saúde. Se praticada de forma responsável, ela ocupa lugar importante no sistema de saúde. Estima-se que a prevalência da automedicação varie entre 6% e 73% em diversos países. Apesar de possuir benefícios, a automedicação traz consigo alguns riscos, entre eles, as intoxicações. Este trabalho buscou avaliar o perfil clínico e epidemiológico de pacientes expostos e/ou intoxicados, com relato de automedicação, à diferentes medicamentos, que foram atendidos pelo Centro de Informação e Assistência Toxicológica de Santa Catarina (CIATox/SC) no período de 2014 a 2020, através de um estudo retrospectivo, transversal e descritivo. Os casos relatados de automedicação para o CIATox/SC representam, em média, 1,2% de todos os casos atendidos a cada ano. A maioria das solicitações de orientação são feitas através de serviços de saúde, como hospitais e pronto atendimentos, por profissionais que trabalham nestes locais, como médicos e enfermeiros. A maioria dos pacientes que procura atendimento após a automedicação são do sexo feminino (62,8%). A faixa etária predominante é aquela dos 20 aos 29 anos (26,1%), seguida pelos pacientes de 30 a 39 anos (17,4%). Dos 683 casos relatados no período do estudo, somente 22,8% dos pacientes atingiram a dose tóxica de alguma substância. Manifestações clínicas foram relatadas por 75% dos pacientes. Para 88,7% dos pacientes foi realizado ou recomendado algum tipo de tratamento. Nos 7 anos estudados, 90,5% dos casos foram classificados como leves. Foram registrados, neste período, 5 óbitos relacionados à automedicação. Quanto aos medicamentos mais frequentes, ocupam o primeiro lugar os ansiolíticos (18%) seguido pelos analgésicos e antipiréticos (15,4%). As manifestações clínicas relatadas pelos pacientes estão de acordo com os medicamentos utilizados e descritas na literatura. Para os pacientes que atingiram a dose tóxica de alguma substância, observou-se o mesmo padrão de sexo, idade e manifestações clínicas. Quantos aos medicamentos,continuaram em primeiro lugar os ansiolíticos (24,3%), seguido dos antidepressivos (16%) e dos analgésicos e antipiréticos (15,4%). Os dados obtidos reforçam a importância do farmacêutico para promover o uso racional de medicamentos e do CIATox/SC como serviço que auxilia na conduta de intoxicações ocasionadas pela automedicação.Self-medication is defined as the use of medication to treat self-recognized diseases or symptoms, on an individual's own initiative, without the guidance and/or prescription of a health professional. If practiced responsibly, it occupies an important place in the health system. It is estimated that the prevalence of self-medication varies between 6% and 73% in different countries. Despite having benefits, self-medication have some risks, including poisoning. This study aimed to evaluate the clinical and epidemiological profile of patients exposed or intoxicated, with self-medication reports, to different drugs, reported to Information and Toxicological Assistance Center of Santa Catarina (CIATox/SC) from 2014 to 2020, through a retrospective, cross-sectional and descriptive study. Reported cases of self-medication for CIATox/SC represent, on average, 1.2% of all cases treated each year. Most requests for guidance are made through health services, such as hospitals and emergency care, by professionals who work in these places, such as doctors and nurses. Most patients who seek care after self-medication are female (62.8%). The predominant age group is that from 20 to 29 years (26.1%) followed by patients from 30 to 39 years (17.4%). Of the 683 cases reported during the study period, only 22.8% of patients reached a toxic dose of some substance. Clinical manifestations were reported by 75% of patients. For 88.7% of the patients, some type of treatment was performed or recommended. In the 7 years studied, 90.5% of cases were classified as mild. During this period, 5 deaths related to self-medication were registered. As for the most frequent medications, anxiolytics occupy first place (18%), followed by analgesics and antipyretics (15.4%). The clinical manifestations reported by patients are in accordance with the drugs used and described in the literature. For patients who reach a toxic dose of any substance, the same pattern of sex, age and clinical manifestations was observed. As for medications, anxiolytics continued in first place (24.3%), followed by antidepressants (16%) and analgesics and antipyretics (15.4%). The clinical manifestations reported by patients are in accordance with the drugs used and described in the literature. For patients who reach a toxic dose of any substance, the same pattern of sex, age and clinical manifestations was observed. As for medications, anxiolytics continued in first place (24.3%), followed by antidepressants (16%) and analgesics and antipyretics (15.4%). The data obtained reinforce the importance of the pharmacist to promote the rational drug use and of CIATox/SC as a service that helps in the management of intoxications caused by self-medication
Description: TCC(graduação) - Universidade Federal de Santa Catarina. Centro de Ciências da Saúde. Farmácia.
URI: https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/228327
Date: 2021-09-24


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