As narrativas de mulheres que vivem com HIV e a produção de subjetividades: entre as estratégias de intervenção e as práticas de si

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As narrativas de mulheres que vivem com HIV e a produção de subjetividades: entre as estratégias de intervenção e as práticas de si

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dc.contributor Universidade Federal de Santa Catarina
dc.contributor.advisor Butturi Junior, Atílio
dc.contributor.author Lara, Camila de Almeida
dc.date.accessioned 2022-05-19T14:50:29Z
dc.date.available 2022-05-19T14:50:29Z
dc.date.issued 2022
dc.identifier.other 375891
dc.identifier.uri https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/234846
dc.description Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Comunicação e Expressão, Programa de Pós-Graduação em Linguística, Florianópolis, 2022.
dc.description.abstract Esta tese parte de uma perspectiva transdisciplinar, cara aos estudos discursivos e à Linguística Aplicada Contemporânea, para problematizar a formação e o desenvolvimento de práticas de si e de modos de subjetivação de mulheres que vivem com hiv e fazem parte do GAPA de Florianópolis, os quais são produzidos e complexificados por regimes de verdade que dizem respeito aos dispositivos da aids, aos dispositivos territoriais e aos dispositivos das políticas públicas. Em termos gerais, essa primeira assunção implica 1. entender os discursos resgatados no âmbito desse estudo não apenas por seu aspecto linguístico, mas como jogos estratégicos, polêmicos e regulares de dominação, esquiva, o que, consequentemente, se faz apenas a partir um simpósio conceitual cujas teorias, nesse caso, são vinculadas à perspectiva dos estudos discursivos, a antropologia do Estado, a teoria de gênero e a filosofia política, sobretudo pautando-se nos conceitos foucaultianos de governamentalidade, de biopolítica, de práticas de si e suas leituras contemporâneas; e 2. orienta o trabalho para três linhas principais de análise: os regimes de verdade, as formas de governo biopolítico da vida com hiv e os regimes de subjetivação. Essas três linhas servem de base para investigar as formas de subjetivação engendradas pelo(s) regime(s) de verdade que determina(m) a ontologia política da mulher que vive com hiv por uma rede de mecanismos de normalização e traçar uma análise, a partir das discussões de governamentalidade e biopolítica, dos discursos de e sobre as mulheres que vivem com hiv em Florianópolis e das formas de resistências que fazem funcionar. Sob a perspectiva arqueogenealógica foucaultiana, essa pesquisa trata, portanto de descrever os enunciados instaurados pelo dispositivo da aids e o pelo dispositivo crônico da aids, a partir de séries discursivas que instituíram a aids como doença generificada; de discutir as potências da biopolítica, na forma da ambiguidade que lhe constitui, do cuidado da população e da otimização da vida, por meio do controle, da vigilância, da regulamentação, da normatividade e da medicalização da vida, como leremos nos discursos documentados pelas políticas públicas de saúde que tomam a aids e o hiv como mote para sua instauração; e, por fim de descrever, a partir de uma análise dos discursos foucaultiana, a relação existente entre os enunciados de cuidado e confissão da biopolítica, as práticas de si e as táticas subjetivas de cuidado de si que deixam entrever as produções das PVHIV em Florianópolis e que se produziam em encontros institucionalizados pelo Grupo de Apoio e Prevenção a aids (GAPA) e também em dez entrevistas que realizei com mulheres que vivem com hiv na capital do Estado de Santa Catarina. A partir das análises empreendidas e apontadas as regularidades que os repertórios discursivos das mulheres que vivem com hiv e que participaram desse estudo deixam entrever seis estratégias discursivas centrais que constituem seus modos de subjetivação, relativas ao diagnóstico, ao silenciamento, aos regimes farmacológicos e à bioascese, ao dispositivo da maternidade, à violência e aos afetos.
dc.description.abstract Abstract: This thesis adopts a transdisciplinary perspective, valuable to discourse studies and Contemporary Applied Linguistics, to investigate the formation and development of self-practices and modes of subjectivation of women living with hiv who are part of GAPA - Florianópolis, which are produced and complexified by regimes of truth that relate to the AIDS apparatus, the territorial apparatus and the apparatus of public policies. In general terms, this first assumption implies 1. to understand the discourses redeemed in the scope of this study not only by their linguistic aspect, but as strategic, polemical and regular processes of domination, avoidance, which, consequently, is only done from a conceptual symposium whose theories, in this case, are linked to the perspective of discourse studies, State anthropology, gender theory and political philosophy, especially based on Foucauldian concepts of governmentality, biopolitics, practices of the self and their contemporary readings; and 2. orienting the work to three main lines of analysis: regimes of truth, forms of biopolitical government of life with hiv and regimes of subjectivation. These three lines serve as a basis to investigate the forms of subjectivation engendered by the regime(s) of truth that determine(s) the political ontology of women living with hiv through a network of normalization mechanisms and trace an analysis, based on discussions of governmentality and biopolitics, of the discourses of and about women living with hiv in Florianópolis and the forms of resistance they make work. Under the Foucauldian archeogical perspective, this research aims, therefore, to describe the enunciates established by the aids apparatus and the chronic aids apparatus, from the discursive series that established aids as a generified disease; to discuss the powers of biopolitics, in the form of the ambiguity that constitutes it, the care for the population and the optimization of life, through control, surveillance, regulation, normativity and medicalization of life, as we will read in the discourses documented by public health policies that take aids and hiv as a main theme for their establishment; and, finally, to describe, from a Foucauldian discourse analysis, the existing relation between the care and confession enunciations of biopolitics, the practices of the self, and the subjective tactics of self-care which let us observe the production of PLHIV in Florianópolis and which were produced in meetings institutionalized by the Support and Prevention Group for aids (GAPA) and also in ten interviews I conducted with women living with hiv in the capital city of Santa Catarina State. From the analyses undertaken and appointed the regularities that the discursive repertoires of the women living with hiv who participated in this study let us notice six central discursive strategies that constitute their modes of subjectivation, relative to the diagnosis, to silencing, to the pharmacological regimes and bio-asceticism, to the maternity device, to violence and to affections. en
dc.format.extent 291 p.| il.
dc.language.iso por
dc.subject.classification Linguística
dc.subject.classification Mulheres
dc.subject.classification AIDS (Doença)
dc.subject.classification Subjetividade
dc.title As narrativas de mulheres que vivem com HIV e a produção de subjetividades: entre as estratégias de intervenção e as práticas de si
dc.type Tese (Doutorado)


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