Title: | Análise sobre o uso de antimicrobianos em pacientes internados por COVID-19 em unidade de terapia intensiva: uma revisão da literatura |
Author: | Sonda, Kaue Marcelo Ribeiro |
Abstract: |
No final de 2019, na cidade de Wuhan, China, foi identificada a síndrome respiratória aguda grave (SRAG) causada pelo novo coronavírus do tipo II (SARS-CoV-2) causador da doença COVID-19. Os pacientes apresentavam sintomas respiratórios graves, com necessidade de internação e elevada taxa de mortalidade. Um vírus com alta capacidade de transmissão e evolução que se espalhou rapidamente pelo mundo, atingindo em poucos meses cerca de 1,5 milhão de pessoas em diversos países e regiões dos cinco continentes. Em 2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciava um surto, que em março evoluiu para uma pandemia. Por se tratar de uma doença nova, agressiva e até então sem tratamento específico, o número de pessoas contaminadas que precisavam ser hospitalizadas aumentava constantemente de forma descontrolada. A antibioticoterapia foi um dos métodos adotados nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI) dos hospitais para auxiliar os pacientes mais afetados pela COVID-19, além de prevenir possíveis coinfecções. Porém, o uso indevido de antibióticos está sujeito ao processo de resistência bacteriana, um dos maiores problemas de saúde atuais e do futuro da população. Através do uso de indicadores clínicos pode-se analisar as estratégias utilizadas no âmbito hospitalar, como a terapia com antibióticos em pacientes infectados de forma grave pelo novo coronavírus. Realizando uma revisão narrativa da literatura, esta pesquisa tem o objetivo de analisar a farmacoterapia, o consumo de antimicrobianos pelos pacientes e prescrição de uso restrito, assim como avaliar os desfechos clínicos dos hospitalizados que fizeram uso desta classe de medicamentos. A taxa de uso empírico de antimicrobianos, que alcançou valores de até 90% em alguns países, foi muito maior comparada às taxas de coinfecção e/ou infecção bacteriana secundária (3,5%-15%), com base na revisão dos artigos selecionados neste estudo. A presença de bactérias multirresistentes foi determinada em diversos hospitais, tendo uma possível relação com as prescrições inapropriadas de antibióticos nas unidades de terapia intensiva. É necessário reforçar os programas de administração e controle da antibioticoterapia na saúde. O olhar clínico do profissional farmacêutico nas UTIs, visando o uso racional, eficaz e seguro dos antimicrobianos utilizados, é importante a fim de controlar e resistência antimicrobiana nos hospitais, principalmente por conta da incerteza do impacto causado pelo uso excessivo desses medicamentos. In late 2019, in the city of Wuhan, China, severe acute respiratory syndrome (SARS) caused by the novel coronavirus type II (SARS-CoV-2) that causes the disease COVID-19 was identified. Patients had severe respiratory symptoms, requiring hospitalization and a high mortality rate. A virus with a high transmission capacity and evolution that spread rapidly around the world, reaching in a few months about 1.5 million people in several countries and regions of the five continents. In 2020, the World Health Organization (WHO) announced an outbreak, which in March evolved into a pandemic. Because it was a new, aggressive disease and until then without specific treatment, the number of infected people who needed to be hospitalized constantly increased in an uncontrolled way. Antibiotic therapy was one of the methods adopted in the Intensive Care Units (ICU) of hospitals to help patients most affected by COVID-19, in addition to preventing possible co-infections. However, the misuse of antibiotics is subject to the bacterial resistance process, one of the biggest current and future health problems of the population. Through the use of clinical indicators, it is possible to analyze the strategies used in the hospital environment, such as antibiotic therapy in patients severely infected by the new coronavirus. Conducting a narrative review of the literature, this research aims to analyze pharmacotherapy, the consumption of antimicrobials by patients and prescription of restricted use, as well as to evaluate the clinical outcomes of hospitalized patients who used this class of drugs. The rate of empirical use of antimicrobials, which reached values of up to 90% in some countries, was much higher compared to the rates of coinfection and/or secondary bacterial infection (3.5%-15%), based on the review of selected articles in this study. The presence of multidrug-resistant bacteria was determined in several hospitals, having a possible relationship with inappropriate antibiotic prescriptions in intensive care units. It is necessary to reinforce the administration and control programs of antibiotic therapy in healthcare. The clinical perspective of the pharmaceutical professional in the ICUs, aiming at the rational, effective and safe use of the antimicrobials used, is important in order to control antimicrobial resistance in hospitals, mainly due to the uncertainty of the impact caused by the excessive use of these drugs. |
Description: | TCC(graduação) - Universidade Federal de Santa Catarina. Centro de Ciências da Saúde. Farmácia. |
URI: | https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/238051 |
Date: | 2022-07-27 |
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TCC.pdf | 1.126Mb |
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