Futebol: o substrato da bola e o submundo do jogo

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Futebol: o substrato da bola e o submundo do jogo

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dc.contributor Universidade Federal de Santa Catarina. pt_BR
dc.contributor.advisor Lara, Ricardo
dc.contributor.author Caldart, Gabriel de Leão
dc.date.accessioned 2023-05-25T12:20:50Z
dc.date.available 2023-05-25T12:20:50Z
dc.date.issued 2023-05-25
dc.identifier.uri https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/246080
dc.description TCC (graduação) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro Socioeconômico, Serviço Social. pt_BR
dc.description.abstract O Futebol atravessa o século XX e é atravessado por ele. Espaço de prestígio exclusivo das elites, chega ao Brasil no rebuliço do começo do século, poucos anos após a abolição da escravatura no país. O futebol, como tudo na vida, não se encontra à margem disso. Entendido como elemento regenerador, foi utilizado para validar os discursos racistas de melhoria da raça. Entendida a importância do referido esporte, foi utilizado como plataforma de promoção dos discursos nacionalistas de harmonia social. Com a conquista da Copa do Mundo de 1958 e a consolidação de um estilo próprio de jogar, o futebol-arte, o esporte rompe com as barreiras raciais que impunham ao negro um lugar de subordinação na hierarquia social do país. A importância do rádio na equação, sobre quem joga, quem escuta ou assiste. O futebol é o lugar do protagonismo, da identificação, da participação ativa. Do engajamento convicto, da autonomia plena. Não é uma ferramenta, é uma linguagem. Não é um passatempo, é um universo. É na prática que o jogo foi se ressignificando até se tornar o que é hoje: espaço de encantamento, da beleza, de ruptura, do inesperado sublime. Local do acaso, do sobrenatural, do inexplicável. Lugar onde a população brasileira se realiza e se expressa com excelência, onde somos respeitados por sermos aquilo que de fato somos. Onde não precisamos pedir licença para passar, onde ninguém nos olha de cima. Este estudo, oriundo de pesquisa bibliográfica, aborda o futebol em suas inúmeras expressões. É a essência da prática aquilo que nos interessa, seu substrato. Mas é o submundo do jogo aquilo que se impõe: sua matriz espetacularizada busca determinar ao jogar um horizonte seco, escasso, onde os campinhos viraram condomínios, as ruas se tornaram hostis; onde o prazer fora substituído pelo dever e as imposições mercadológicas se tornaram o norte, um viralatismo repaginado, quanto iremos lucrar com determinado jogador, qual será o bilionário que se utilizará dos nossos clubes enquanto joguete. A vitória a qualquer preço, a derrota que não ensina, o lucro acima de todos. Como se fosse uma vontade autêntica estampar no peito as marcas de um mundo globalizado que se esqueceram de nos incluir. Não por acaso, o jogador brasileiro se insere no lamaçal de inoportunidades que o modo de produção capitalista impõe aos jovens que nascem nos países periféricos do globo. A esperança coletiva de ascensão social, o discurso meritocrático que não comporta, tampouco explica, mas que visa associar o esporte aos valores dominantes, como se tudo fosse um grande aprendizado e o sofrimento no final das contas tenha valido a pena. pt_BR
dc.language.iso pt_BR pt_BR
dc.publisher Florianópolis, SC. pt_BR
dc.rights Open Access.
dc.subject Futebol; História do futebol no Brasil; Pertencimento e protagonismo no futebol; Futebol de espetáculo. pt_BR
dc.title Futebol: o substrato da bola e o submundo do jogo pt_BR
dc.type TCCgrad pt_BR


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