Title: | Determinantes da capacidade de exercício em indivíduos com sintomas persistentes da COVID-19 |
Author: | Oliveira, Juliana Bastos de |
Abstract: |
Introdução: Estudos demonstraram a redução da capacidade de exercício em indivíduos sobreviventes da COVID-19, principalmente pelo teste de esforço cardiopulmonar. No entanto, a investigação da redução da capacidade de exercício e dos mecanismos fisiopatológicos por meio do incremental shuttle walk test (ISWT), uma alternativa mais viável de avaliação, não foi realizada em pacientes com COVID longa. O objetivo deste estudo foi investigar os determinantes da capacidade de exercício avaliada pelo ISWT em indivíduos com sintomas persistentes da COVID-19. Métodos: Trata-se de um estudo observacional do tipo transversal analítico, com indivíduos de ambos os sexos, maiores de 18 anos, com diagnóstico de COVID 19 nos últimos seis meses, com um ou mais dos sintomas de falta de ar, fadiga, dor muscular, dor articular ou tosse. A avaliação da capacidade de exercício dos indivíduos foi realizada por meio da distância do ISWT, considerada como variável dependente do estudo, e as variáveis independentes do estudo foram idade, sexo, índice de massa corporal (IMC), função pulmonar (capacidade vital forçada - CVF , volume expiratório forçado no primeiro segundo - VEF1, relação entre o VEF1 e a CVF - VEF1/CVF, pico de fluxo expiratório - PFE e fluxo expiratório forçado médio entre 25% e 75% da CVF – FEF25-75%), força de preensão manual (FPM), queixa de dispneia e fadiga e sintomas de ansiedade e depressão. O teste t para amostras independentes ou teste de Mann-Whitnney U ou qui-quadrado foram usados para a comparação das variáveis independentes entre as pessoas com distância no ISWT <459 m e ≥ 459 m. Adicionalmente, foi realizada regressão logística com entrada no modelo das variáveis independentes com p<0.05 na análise bivariada anterior linear múltipla hierárquica, utilizando o software SPSS para a realização das análises. Resultados: Foram incluídos 77 indivíduos, a maioria do sexo masculino (50,6%) com média de idade de 40,2 (10,9) anos. A mediana da distância percorrida no ISWT entre os indivíduos foi de 459 (400-556), o que correspondeu a 50 (41-58) % do previsto. Foram observadas diferenças estatisticamente significativas entre os grupos que percorreram < 459 metros e ≥ 459 metros no ISWT para as variáveis sexo, IMC, FPM, tempo de diagnóstico, CVF, VEF1 e PFE. Na análise de regressão logística, apenas a CVF apresentou associação significativa com a distância percorrida no ISWT (OR=8,0; p<0,01). Conclusão: Os resultados do presente estudo demonstraram redução da capacidade de exercício avaliada por meio do ISWT em indivíduos com sintomas persistentes da COVID-19. Além disso, a CVF mostrou-se preditora desta redução. Introduction: Studies have shown reduced exercise capacity in individuals who survived COVID-19, mainly through cardiopulmonary stress testing. However, the investigation of reduced exercise capacity and pathophysiological mechanisms through the incremental shuttle walk test (ISWT), a more viable evaluation alternative, has not been performed in patients with long COVID. The aim of this study was to investigate the determinants of exercise capacity assessed by the ISWT in individuals with persistent symptoms of COVID-19. Methods: This is an analytical cross-sectional observational study, with individuals of both sexes, over 18 years old, diagnosed with COVID-19 in the last six months, with one or more of the symptoms of shortness of breath, fatigue, muscle pain, joint pain or cough. The evaluation of the individuals' exercise capacity was performed using the ISWT distance, considered as a dependent variable of the study, and the independent variables of the study were age, gender, body mass index (BMI), lung function (forced vital capacity - FVC , forced expiratory volume in one second - FEV1, FEV1 to FVC ratio - FEV1/FVC, peak expiratory flow - PEF and mean forced expiratory flow between 25% and 75% of FVC - FEF25-75%), strength handgrip (HGS), complaints of dyspnea and fatigue, and symptoms of anxiety and depression. The t-test for independent samples or the Mann-Whitnney U test or chi-square test were used to compare independent variables between people with ISWT distance <459 m and ≥459 m. Additionally, logistic regression was performed with entry into the model of independent variables with p<0.05 in the previous linear multiple hierarchical bivariate analysis, using the SPSS software to perform the analyses. Results: 77 individuals were included, mostly male (50.6%) with a mean age of 40.2 (10.9) years. The median distance walked on the ISWT between subjects was 459 (400- 556), which corresponded to 50 (41-58) % of predicted. Statistically significant differences were observed between the groups that walked < 459 meters and ≥ 459 meters in the ISWT for the variables gender, BMI, HGS, time since diagnosis, FVC, FEV1 and PEF. In the logistic regression analysis, only FVC was significantly associated with the distance covered in the ISWT (OR=8.0; p<0.01). Conclusion: The results of the present study demonstrated a reduction in exercise capacity assessed using the ISWT in individuals with persistent symptoms of COVID-19. Furthermore, the FVC proved to be a predictor of this reduction. |
Description: | TCC (graduação) - Universidade Federal de Santa Catarina, Campus Araranguá, Fisioterapia. |
URI: | https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/248774 |
Date: | 2023-06-23 |
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