dc.contributor |
Universidade Federal de Santa Catarina. |
pt_BR |
dc.contributor.advisor |
Arienti, Patrícia Fonseca Ferreira |
|
dc.contributor.author |
Sanches, Beatriz Lancellotti |
|
dc.date.accessioned |
2023-11-30T16:39:17Z |
|
dc.date.available |
2023-11-30T16:39:17Z |
|
dc.date.issued |
2023-11-21 |
|
dc.identifier.uri |
https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/252323 |
|
dc.description |
TCC (graduação) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro Socioeconômico, Relações Internacionais. |
pt_BR |
dc.description.abstract |
A ruptura unilateral do arranjo monetário de Bretton Woods por parte dos Estados Unidos, na
década de 1970, resultou na configuração do atual Sistema Monetário e Financeiro
Internacional, baseado no dólar flexível e na desregulamentação dos mercados financeiros,
mediante a livre mobilidade de capitais. Essa dinâmica acarretou no processo de
financeirização da economia e na emergência do pensamento socioeconômico neoliberal,
resgatando diversos autores, como Friedrich Hayek. O paradigma econômico surgente
redefiniu diversas organizações internacionais criadas a partir da lógica keynesiana, como o
FMI, por meio do Consenso de Washington, uma reunião destinada à inclusão dos países
latinoamericanos na nova conjuntura do Sistema Financeiro Internacional. Nesse contexto,
durante a crise de 2008, foi criado, por parte de grupos liberais inspirados pela teoria de
moedas concorrenciais desenvolvida por Hayek, os Bitcoins. Esses tinham como objetivo
primário estabelecer um meio alternativo de pagamento em relação aos Bancos Centrais. No
entanto, devido à sua baixa adesão, à sua elevada volatilidade e à sua vulnerabilidade a
ataques hackers e roubos, o Bitcoin apresenta dificuldades para cumprir as três funções
básicas de uma moeda: ser meio de troca, unidade de conta e reserva de valor. Isso se
comprova à luz da experiência de El Salvador, primeiro país do mundo a adotar o Bitcoin
como moeda de curso legal em 2021. Essa política encontrou grandes ressalvas e resistência
por parte de grandes organizações internacionais, como o FMI, sendo sua continuidade
alicerçada no perfil antissistêmico assumido pelo presidente Nayib Bukele. Logo, este
trabalho, sob uma abordagem hipotético-dedutiva, parte da hipótese de que os Bitcoins
constituem ativos financeiros, provenientes do neoliberalismo e da financeirização da
economia. Dessa forma, o objetivo desta pesquisa é analisar se os Bitcoins podem ser
considerados uma moeda, à luz da experiência de El Salvador. Para concretizá-lo são
apresentados dados acerca da adoção do criptoativo pela população salvadorenha, do índice
de reservas governamentais pelo governo de Bukele e da taxa de inflação de El Salvador.
Através dessa análise, concluiu-se que o Bitcoin se solidificou enquanto ativo financeiro,
apesar de ser regulamentado enquanto moeda de curso legal no país. |
pt_BR |
dc.description.abstract |
The unilateral breakdown of the Bretton Woods monetary arrangement by the United States in
the 1970s resulted in the configuration of the current International Monetary and Financial
System, based on the flexible dollar and the deregulation of financial markets through the free
movement of capital. This dynamic led to the process of financialization of the economy and
the emergence of neoliberal socio-economic thought, drawing from various authors such as
Friedrich Hayek. The emerging economic paradigm redefined several international
organizations created under Keynesian logic, such as the IMF, through the Washington
Consensus, a meeting aimed at including Latin American countries in the new context of the
International Financial System. In this context, during the 2008 crisis, inspired by Hayek's
theory of competitive currencies, liberal groups created Bitcoin. Its primary goal was to
establish an alternative means of payment compared to central banks. However, due to low
adoption, high volatility, and vulnerability to hacking and theft, Bitcoin faces difficulties in
fulfilling the three basic functions of currency: being a medium of exchange, unit of account,
and store of value. This is evidenced by the experience of El Salvador, the first country in the
world to adopt Bitcoin as legal tender in 2021. This policy faced significant reservations and
resistance from major international organizations such as the IMF, with its continuity
grounded in the anti-systemic profile assumed by President Nayib Bukele.Therefore, this
work, employing a hypothetical-deductive approach, starts from the hypothesis that Bitcoins
constitute financial assets originating from neoliberalism and the financialization of the
economy. The objective of this research is to analyze whether Bitcoins can be considered a
currency in light of the experience of El Salvador. To achieve this, data on the adoption of the
cryptocurrency by the Salvadoran population, the government's reserve index under Bukele,
and El Salvador's inflation rate are presented. Through this analysis, it is concluded that
Bitcoin has solidified as a financial asset, despite being regulated as legal tender in the
country. |
pt_BR |
dc.format.extent |
69 |
pt_BR |
dc.language.iso |
pt_BR |
pt_BR |
dc.publisher |
Florianópolis, SC. |
pt_BR |
dc.rights |
Open Access. |
en |
dc.subject |
Bitcoin |
pt_BR |
dc.subject |
Financeirização |
pt_BR |
dc.subject |
El Salvador |
pt_BR |
dc.subject |
Moeda |
pt_BR |
dc.title |
Um estudo dos Bitcoins à luz da experiência de El Salvador |
pt_BR |
dc.type |
TCCgrad |
pt_BR |