Vowel pronunciation learning and technology: a case study with Brazilian learners of English

Abstract

A maneira como as pessoas estudam e praticam línguas passou por muitas mudanças. Um dos avanços mais significativos foi a tecnologia digital, que permite estudo em qualquer lugar e a qualquer momento, com o uso de um telefone celular e a internet, por exemplo. Ao aprender um segundo idioma (L2), os aprendizes enfrentam diferentes desafios, entre eles a pronúncia. A fonética e a fonologia do inglês apresentam dificuldades para os aprendizes brasileiros, por exemplo, a produção da vogal frontal alta e tensa /i/ e da vogal frontal alta relaxada /ɪ/, sons sem contraste fonêmico no Português Brasileiro (PB). ELSA (English Language Speech Assistant) é um aplicativo que oferece lições sobre diferentes aspectos do Inglês Americano (AE) para auxiliar os aprendizes na pronúncia. Com isso em mente, a presente pesquisa teve como objetivo: (i) investigar as perspectivas dos aprendizes brasileiros sobre o papel da pronúncia ao aprender inglês; (ii) verificar se ELSA pode auxiliar os aprendizes na produção de pares mínimos contendo as vogais frontais altas (/i-ɪ/); e (iii) observar as percepções dos estudantes sobre as vantagens e limitações do aplicativo ELSA. Para atingir esses objetivos, sete aprendizes brasileiros de inglês (idade média de 36 anos) realizaram o Duolingo English Test (DET) para avaliar sua proficiência em inglês; responderam a dois questionários (Initial and Final Questionnaire) sobre suas perspectivas sobre pronúncia e ELSA; e gravaram o Pré-teste (T1) antes de usar o aplicativo, e o Pós-teste (T2) após a intervenção, que consistiu em um grupo de seis pares de frases contendo os pares mínimos. Para avaliar a inteligibilidade de suas produções de palavras contendo as vogais /i-ɪ/, a ferramenta de digitação por voz do Google Docs foi utilizada. Como a pesquisa foi conduzida remotamente, os participantes utilizaram seus telefones celulares e computadores para realizar cada etapa e puderam decidir quando e onde fazer as atividades do ELSA e foram instruídos a realizar a gravação em ambiente silencioso para evitar ruídos que pudessem prejudicar a transcrição de áudio. Os resultados revelam que os participantes veem a pronúncia como um aspecto fundamental, porém desafiador, da língua inglesa; no entanto, a maioria concorda que a fluência é mais importante do que obter um sotaque nativo. Além disso, de forma geral, as produções dos participantes dos sons /i-ɪ/ no T2 melhoraram em comparação com o T1, o que confirma que o ELSA pode ser usado para aprender e praticar os sons estudados como um recurso extra-classe. Por fim, os participantes acreditam que o ELSA é uma ferramenta útil para praticar os sons do inglês americano; no entanto, a maioria deles discorda que a tecnologia possa substituir o papel do professor.

The way people study and practice languages has undergone many changes. One of the most significant advances was digital technology, which allows for studying anywhere and anytime, with the use of a mobile phone and the Internet, for instance. When learning a second language (L2), learners face different obstacles, among them pronunciation. English phonetics and phonology pose challenges to Brazilian learners, namely, the production of the tense high-front vowel /i/ and the lax high-front vowel /ɪ/, sounds with no phonemic contrast in Brazilian Portuguese (BP). ELSA (English Language Speech Assistant) is an application that offers lessons on different aspects of American English (AE) to aid learners with pronunciation. With that in mind, the present research aimed at: (i) investigating the perspectives of Brazilian learners regarding the role of pronunciation when learning English; (ii) verifying whether ELSA can assist learners with the production of minimal pairs containing the high-front vowels (/i-ɪ/); and (iii) observing students’ perceptions of the affordances and limitations of the ELSA app. To achieve those goals, seven Brazilian learners of English (average age of 36 years old) took the Duolingo English Test (DET) to evaluate their proficiency in English; answered two questionnaires (Initial and Final Questionnaire) regarding their perspectives on pronunciation and ELSA; and recorded a Pretest (T1) prior to using the app, and Posttest (T2) after the intervention, which consisted of a group of six pairs of sentences containing the minimal pairs. To evaluate the intelligibility of their productions of words containing the /i-ɪ/ vowels, Google Docs’ voice typing tool was used. As the research was conducted remotely, participants used their cell phones and computers to take each step and were able to decide when and where to do the ELSA activities, and were instructed to carry out the recording in a quiet environment to avoid noise that could impair audio transcription. Results reveal that participants perceive pronunciation as a fundamental yet challenging aspect of the English language; however, most agree that fluency is more important than having a native-like accent. Furthermore, overall, participants’ productions of /i-ɪ/ sounds in T2 improved compared to T1, which confirms that ELSA could be used to learn and practice the sounds studied as an extra-class resource. Finally, participants believe ELSA is a useful tool for practicing AE sounds; nonetheless, most of them do not agree that technology could replace the role of the teacher.