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Abstract:
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A formação de grupos de gestantes proporcionou diversos benefícios, promoveu a
troca de informações e estratégias entre profissionais de saúde, gestantes e familiares. As atividades
educativas interdisciplinares enriqueceram o conhecimento das gestantes e suas famílias,
apoiaram-se em políticas públicas e em um trabalho multidisciplinar. A educação em saúde foi
crucial na promoção de métodos não farmacológicos para alívio da dor no parto. Objetivo: Este
estudo investigou como as atividades educativas interdisciplinares desenvolvidas em um grupo de
gestantes promoveram o uso de métodos não farmacológicos durante o trabalho de parto. Método:
O estudo utiliza uma abordagem qualitativa, descritivo-exploratória. A pesquisa ocorreu no Grupo
de Gestantes e Casais Grávidos da UFSC, com a participação de mulheres que integraram os grupos
108 e 110. Os encontros do grupo são dinâmicos e interativos, facilitando o aprendizado e a prática
de métodos não farmacológicos, com atividades de conscientização corporal e postural, técnicas de
respiração e relaxamento. O grupo é um espaço para troca de experiências e vivências relativas ao
processo de gestação, parto e nascimento Além da realização de oito encontros durante a gravidez,
ocorre um reencontro entre pais e bebês para discutir e refletir sobre a experiência vivida. A coleta
de dados aconteceu entre fevereiro e abril de 2024, por meio de entrevistas individuais
semi-estruturadas, tanto presenciais quanto via áudio gravadas pelo WhatsApp®. A análise dos
dados seguiu a metodologia de Bardin, utilizando o software IRaMuTeQ para identificar padrões e
temas nas experiências das participantes. Cuidados éticos foram seguidos os quais garantiram o
anonimato e a confidencialidade das participantes. Esta pesquisa foi submetida ao Comitê de
Ética em Pesquisa (CEP), e aprovada sob número CAAE:60235322.0.0000.0121. Resultados:
Métodos como massagem, técnicas de respiração, uso da bola suíça e banho quente foram os mais
utilizados pelas participantes do estudo para alívio da dor durante o trabalho de parto. A massagem,
especialmente na região lombar, ajudou a lidar com a dor intensa, enquanto a respiração controlada
contribui para manter a calma. O uso da bola suíça facilitou a movimentação das parturientes, e o
banho quente proporcionou alívio significativo. Essas técnicas, aprendidas durante os encontros do
grupo de gestantes, aumentaram a confiança e autonomia das mulheres no parto. As participantes
enfatizaram que o conhecimento adquirido promoveu um ambiente mais tranquilo e preparou
melhor tanto as gestantes quanto seus parceiros para enfrentar o processo de parto de forma mais
segura e positiva. Considerações finais: Este trabalho reforçou a importância de atividades
educativas contínuas e interdisciplinares na área da saúde, equipou gestantes com conhecimento
para um parto mais autônomo e menos intervencionista, e reafirmou o compromisso com a
promoção da saúde das gestantes. Recomendou-se a expansão desses programas educativos para
beneficiar mais gestantes e aprimorar a prática da saúde obstétrica. |
