Estratégias de ensino da natação para crianças com TEA utilizando o suporte visual: um estudo de caso

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Estratégias de ensino da natação para crianças com TEA utilizando o suporte visual: um estudo de caso

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Title: Estratégias de ensino da natação para crianças com TEA utilizando o suporte visual: um estudo de caso
Author: Roger Augusto, Mendes Laurentino
Abstract: O suporte visual pode ter como definição, sistemas de comunicação, no qual se destacam como estratégias eficazes no Transtorno do Espectro Autista (TEA). A modalidade a ser explorada como benéfica ao TEA é a natação, que oferece benefícios físicos e emocionais, proporcionando relaxamento, e redução da ansiedade. O objetivo deste trabalho foi analisar as habilidades de flutuação e propulsão na natação utilizando o suporte visual como ferramenta extra de ensino e quantificar o tempo de execução das habilidades de flutuação e propulsão utilizando o suporte visual. O participante do estudo é uma criança de 7 anos diagnosticada com TEA, que participa no projeto Segundo Tempo na UFSC, realizado no Centro de Desportos da Universidade Federal de Santa Catarina. Para a coleta de dados acerca da utilização de suporte visual na execução de habilidades aquáticas por uma criança com TEA, foram realizadas filmagens de quatro aulas de atividades aquáticas junto ao Projeto Segundo Tempo – CDS/UFSC. O suporte visual utilizado foram vídeos gravados pelo pesquisador e apresentados para a criança. As gravações traziam especificamente o pesquisador executando as habilidades de propulsão de perna com prancha em horizontal em posição ventral, a propulsão de perna com tapete em horizontal em posição ventral, junto às flutuações sendo a flutuação grupada, a flutuação dorsal e flutuação ventral. Para análise de dados foi realizada de forma qualitativa com realização da descrição dos acontecimentos por meio do registro cursivo. De forma quantitativa, foram contabilizados os períodos (em minutos) em que a criança 1) realizava as atividades com a utilização do suporte visual, 2) momentos em que a criança se dispersou, 3) situações em que a criança realizou a atividade pelo comando de voz. Com a utilização do suporte visual, a criança realizou a habilidade de propulsão demonstrando interesse e foco ao olhar para o celular. Por outro lado, a criança executou a habilidade de flutuação sem a utilização do suporte visual demonstrando facilidade na sua realização. Portanto, o principal achado deste estudo foi que o uso do suporte visual em meio aquático favoreceu a execução e permanência na habilidade de propulsão. Os estudos mostram que fora da piscina o suporte é uma ótima ferramenta no auxílio à atividades práticas. Já na piscina, estudos utilizaram imagens estáticas e verificou melhorias nas entradas e saídas da piscina, melhorando o seu deslocamento, além da submersão, mantendo-se em apneia. Para o melhor do nosso conhecimento, esse é o primeiro estudo que utilizou vídeo como suporte visual em meio aquático como estratégia de ensino para uma criança com TEA. Também é interessante notar que o uso do suporte visual leva o aluno a passar mais tempo com o movimento fixado, possibilitando compreensão e engajamento do que é esperado. Ao considerar a habilidade de flutuação como uma habilidade a ser desenvolvida, devemos nos atentar no equilíbrio e isometria. Ela é uma habilidade que por si só possui um nível de concentração constante. Pedro, mesmo antes do início da aplicação do suporte visual, já demonstrava facilidade na ação de mergulhar e flutuar, o que pode estar relacionado ao fato de tranquilizar o aluno. Ele por muitas vezes mergulhava de forma autônoma, demonstrando interesse específico em afundar e isso influenciou tanto na utilização do suporte verbal. A utilização do suporte visual quando aplicado gera estímulo ao indivíduo com TEA, gerando interesse e atenção de forma imediata. Conclui-se que a utilização de suporte visual na execução de habilidades aquáticas em uma criança com TEA melhorou o foco e o entendimento na habilidade bater de perna, tendo um bom engajamento na propulsão. Contudo, na habilidade de flutuação, o suporte visual não foi necessário, pois Pedro possuía gosto e facilidade em submergir. Considerando que este é um estudo preliminar, não recomendamos a generalização dos achados para a população estudada.
Description: TCC (graduação) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Desportos, Educação Física Bacharelado.
URI: https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/256916
Date: 2024-07-12


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