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O suporte visual pode ter como definição, sistemas de comunicação, no qual se destacam como
estratégias eficazes no Transtorno do Espectro Autista (TEA). A modalidade a ser explorada
como benéfica ao TEA é a natação, que oferece benefícios físicos e emocionais, proporcionando
relaxamento, e redução da ansiedade. O objetivo deste trabalho foi analisar as habilidades de
flutuação e propulsão na natação utilizando o suporte visual como ferramenta extra de ensino e
quantificar o tempo de execução das habilidades de flutuação e propulsão utilizando o suporte
visual. O participante do estudo é uma criança de 7 anos diagnosticada com TEA, que participa
no projeto Segundo Tempo na UFSC, realizado no Centro de Desportos da Universidade
Federal de Santa Catarina. Para a coleta de dados acerca da utilização de suporte visual na
execução de habilidades aquáticas por uma criança com TEA, foram realizadas filmagens de
quatro aulas de atividades aquáticas junto ao Projeto Segundo Tempo – CDS/UFSC. O suporte
visual utilizado foram vídeos gravados pelo pesquisador e apresentados para a criança. As
gravações traziam especificamente o pesquisador executando as habilidades de propulsão de
perna com prancha em horizontal em posição ventral, a propulsão de perna com tapete em
horizontal em posição ventral, junto às flutuações sendo a flutuação grupada, a flutuação dorsal
e flutuação ventral. Para análise de dados foi realizada de forma qualitativa com realização da
descrição dos acontecimentos por meio do registro cursivo. De forma quantitativa, foram
contabilizados os períodos (em minutos) em que a criança 1) realizava as atividades com a
utilização do suporte visual, 2) momentos em que a criança se dispersou, 3) situações em que a
criança realizou a atividade pelo comando de voz. Com a utilização do suporte visual, a criança
realizou a habilidade de propulsão demonstrando interesse e foco ao olhar para o celular. Por
outro lado, a criança executou a habilidade de flutuação sem a utilização do suporte visual
demonstrando facilidade na sua realização. Portanto, o principal achado deste estudo foi que o
uso do suporte visual em meio aquático favoreceu a execução e permanência na habilidade de
propulsão. Os estudos mostram que fora da piscina o suporte é uma ótima ferramenta no auxílio
à atividades práticas. Já na piscina, estudos utilizaram imagens estáticas e verificou melhorias
nas entradas e saídas da piscina, melhorando o seu deslocamento, além da submersão,
mantendo-se em apneia. Para o melhor do nosso conhecimento, esse é o primeiro estudo que
utilizou vídeo como suporte visual em meio aquático como estratégia de ensino para uma
criança com TEA. Também é interessante notar que o uso do suporte visual leva o aluno a
passar mais tempo com o movimento fixado, possibilitando compreensão e engajamento do que
é esperado. Ao considerar a habilidade de flutuação como uma habilidade a ser desenvolvida,
devemos nos atentar no equilíbrio e isometria. Ela é uma habilidade que por si só possui um
nível de concentração constante. Pedro, mesmo antes do início da aplicação do suporte visual,
já demonstrava facilidade na ação de mergulhar e flutuar, o que pode estar relacionado ao fato
de tranquilizar o aluno. Ele por muitas vezes mergulhava de forma autônoma, demonstrando
interesse específico em afundar e isso influenciou tanto na utilização do suporte verbal. A
utilização do suporte visual quando aplicado gera estímulo ao indivíduo com TEA, gerando
interesse e atenção de forma imediata. Conclui-se que a utilização de suporte visual na
execução de habilidades aquáticas em uma criança com TEA melhorou o foco e o entendimento
na habilidade bater de perna, tendo um bom engajamento na propulsão. Contudo, na habilidade
de flutuação, o suporte visual não foi necessário, pois Pedro possuía gosto e facilidade em
submergir. Considerando que este é um estudo preliminar, não recomendamos a generalização
dos achados para a população estudada. |
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