Da carne ao gênero: um estudo (eco)feminista antiespecista sobre os impactos da indústria pecuária nas mudanças climáticas

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Da carne ao gênero: um estudo (eco)feminista antiespecista sobre os impactos da indústria pecuária nas mudanças climáticas

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Title: Da carne ao gênero: um estudo (eco)feminista antiespecista sobre os impactos da indústria pecuária nas mudanças climáticas
Author: Werner, Luiza Costa de Medeiros
Abstract: Esta dissertação analisa os impactos da indústria agropecuária nas mudanças climáticas sob a perspectiva (eco)feminista anticapitalista, antirracista e antiespecista, de modo a ampliar a discussão dos reflexos do agronegócio e a (super)exploração do meio ambiente. Trata-se de uma pesquisa exploratória, que faz uma revisão bibliográfica, com orientação indutiva, a partir de uma busca sistematizada de artigos de periódicos indexados nas bases de dados Scielo, de Periódicos da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e da Biblioteca Digital de Teses e Dissertações (BDTD), de livros, de capítulos de livros, de comunicações em eventos, de páginas de websites e de repositórios eletrônicos. Quanto à estrutura do trabalho, no primeiro capítulo, fez-se o levantamento das referências da temática, delimitando, em especial, o conceito ?referente ausente?. No segundo capítulo, foram exploradas as consequências ambientais da indústria agropecuária, considerando dados nacionais e internacionais e a (in)eficiência de estratégias de mitigação frente às alterações climáticas do ?capitalismo verde?. Nesse contexto, o Brasil se apresenta como um dos maiores emissores de Gases do Efeito Estufa (GEE), tornando fundamental a investigação dos impactos políticos e sociais do país por meio de um recorte entre os anos 2019 e 2022, uma vez que o agronegócio notadamente se fortaleceu com o auxílio do governo da época, ao mesmo tempo que o país retornava para o Mapa da Fome. Já no terceiro e último capítulo, o Neoliberalismo é exposto e analisado como a atual corrente política vigente do sistema capitalista. O feminismo como movimento político contrário ao sistema evidencia, então, os reflexos patriarcais na produção e nas escolhas alimentares e, imbuído de uma visão ética e filosófica ecofeminista antiespecista, auxilia na quebra da instrumentalização das relações que envolvem seres humanos, animais e natureza. Como conclusão, este estudo aponta que a agropecuária afeta diretamente as mudanças climáticas, porquanto incluída no sistema capitalista neoliberal patriarcal ocidental. Logo, se as estratégias de mitigação se basearem no desenvolvimento capitalista, o agronegócio vai se expandir e degradar ainda mais o ambiente. Assim, é imprescindível uma perspectiva ética e filosófica ecofeminista antiespecista inserida em um feminismo verdadeiramente popular e emancipador para a transformação da sociedade, aliando-se a movimentos que praticam a agroecologia a fim de uma real soberania alimentar e construindo uma nova ordem social, econômica e política.Abstract: This dissertation analyses the impacts of the agricultural livestock industry on climate change from an anti-capitalist, anti-racist and anti-speciesist (eco)feminist perspective, in order to expand the discussion about the effects of agribusiness and the (over)exploitation of the environment. This is an exploratory study, which carries out a bibliographical review, with an inductive orientation, based on a systematized search of journal articles indexed in the Scielo databases, the Journals of the Coordination for the Improvement of Higher Education Personnel (Capes) and the Digital Library of Theses and Dissertations (BDTD), books, book chapters, communications at events, website pages and electronic repositories. As for the structure of the work, the first chapter surveys the references on the subject, delimiting, in particular, the concept of ?absent referent?. In the second chapter, the environmental consequences of agricultural livestock industry were explored, considering national and international data as well as the (in)efficiency of mitigation strategies in the face of climate change under ?green capitalism?. In this context, Brazil is one of the largest emitters of Greenhouse Gases (GHG), making it essential to investigate the political and social impacts in the country between 2019 and 2022, since agribusiness was notably strengthened with the help of the government of the time, at the same time as the country returned to the Hunger Map. In the third and final chapter, Neoliberalism is exposed and analysed as the current political capitalist system. Opposed to that system, the Feminism, as a political movement, highlights the patriarchal reflexes in food production and choices and, imbued with an ethical and philosophical ecofeminist anti-speciesist vision, helps to break down the instrumentalization of relationships involving human beings, animals and nature. In conclusion, this study affirms that the agricultural livestock industry, as part of Western neoliberal patriarchal capitalist system, contributes directly to climate change. Consequently, if the mitigation strategies remain grounded in capitalist development, agribusiness will continue to expand and further degrade the environment. Therefore, an anti-speciesist ecofeminist ethical and philosophical perspective, rooted in a truly popular and emancipatory feminism, is essential for societal transformation. This approach must align with movements that practice agroecology to achieve genuine food sovereignty and foster the construction of a new social, economic, and political order.
Description: Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Jurídicas, Programa de Pós-Graduação em Direito, Florianópolis, 2024.
URI: https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/261699
Date: 2024


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