dc.contributor |
Universidade Federal de Santa Catarina. |
pt_BR |
dc.contributor.advisor |
Possidonio, Eduardo |
|
dc.contributor.author |
Silva, Brenda Campos da |
|
dc.date.accessioned |
2024-12-18T17:28:40Z |
|
dc.date.available |
2024-12-18T17:28:40Z |
|
dc.date.issued |
2024-12-10 |
|
dc.identifier.uri |
https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/262105 |
|
dc.description |
TCC (graduação) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, História. |
pt_BR |
dc.description.abstract |
O presente trabalho tem como objetivo analisar o mito de origem das Umbandas, seu contexto,
origem e a relação entre sua propagação e a busca por legitimação da prática religiosa, por meio
de sua institucionalização, dentro do contexto da criminalização da feitiçaria e do curandeirismo
no início do século XX. Com este enfoque, realiza-se uma pesquisa baseada na análise de
jornais da época, com o intuito de compreender como as religiões afro-diaspóricas eram vistas
pelo Estado e pela sociedade, identificar a linha que separa os ritos tradicionais do legitimado,
explorar a possibilidade de outras Umbandas no Brasil oitocentista, e entender os processos que
levaram à consagração do rito da Umbanda de Linha Branca e Demanda como religião. Por
meio do estudo de publicações e gravações que, supostamente, consolidam e comprovam a
narrativa estabelecida como marco inicial da religiosidade, observa-se a possibilidade de uma
construção tardia, caracterizada pelo uso de uma figura apoteótica e profética associada a Zélio
Fernandino de Moraes, após seu falecimento, visando a consagração de uma linha histórica
linear e definida. A doutrina da Umbanda institucionalizada, atravessada pela moral cristã, que
age como “civilizadora” da cosmologia e ritualística afro-diaspórica e ameríndia, está em
consonância com o ideal identitário brasileiro promovido pelo mito das três raças. Por por meio
de ferramentas políticas, como Federações e Uniões, líderes do movimento umbandista
propagam estudos e falas em busca da uniformização da doutrina das Umbandas, a fim de
consolidarem-se como a prática religiosa “verdadeira”, e a Umbanda Branca como “original”.
Considerando a forte influência social e o poder econômico de seus líderes, frequentemente
favorecidos por uma estrutura racial que os favorece, este trabalho discute a relação entre o
movimento umbandista e o Estado, principalmente durante o período do Estado Novo,
analisando as estratégias de busca por alianças que garantam sua proteção e o reconhecimento,
em resposta às perseguições que se intensificaram após a alteração do Código Penal de 1890.
Acompanhando a construção da estrutura que consagrou à legitimação das Umbandas em 1964
e à celebração de sua institucionalização em 2012, esta pesquisa, estuda o mito criador como
uma ferramenta política e social, fundamentada em conceitos cristãos de historicidade e
divinização, com o objetivo de consagrar a Umbanda Branca como autêntica e oficial, buscando
aproximá-la das práticas religiosas socialmente aceitas e legitimadas. |
pt_BR |
dc.description.abstract |
The present study aims to analyze the origin myth of Umbandas, their context, origin, and the
relationship between their spread and the search for the legitimization of the religious practice
through its institutionalization, within the context of the criminalization of witchcraft and folk
healing in the early 20th century. With this focus, a research is conducted based on the analysis
of contemporary newspapers to understand how Afro-diasporic religions were viewed by the
State and society, identify the line that separates traditional rites from legitimized ones, explore
the possibility of other Umbandas in 19th-century Brazil, and understand the processes that led
to the consecration of the White Line and Demand Umbanda rite as a religion. Through the
study of publications and recordings that supposedly consolidate and prove the narrative
established as the initial mark of religiosity, the possibility of a later construction is observed,
characterized by the use of an apotheotic and prophetic figure associated with Zélio Fernandino
de Moraes, after his death, aiming at the consecration of a linear and defined historical narrative.
The institutionalized Umbanda doctrine, influenced by Christian morality, which acts as a
“civilizer” of Afro-diasporic and Indigenous cosmology and ritual, aligns with the Brazilian
identity ideal promoted by the myth of the three races. Through political tools, such as
Federations and Unions, leaders of the Umbanda movement propagate studies and speeches in
search of standardizing the doctrine of Umbandas, aiming to establish themselves as the “true”
religious practice, with the White Umbanda as the “original.” Considering the strong social
influence and economic power of its leaders, often favored by a racial structure that benefits
them, this study discusses the relationship between the Umbanda movement and the State,
particularly during the Estado Novo period, analyzing strategies for seeking alliances that
ensure protection and recognition in response to the increased persecutions following the
changes to the Penal Code of 1890. Tracking the construction of the structure that led to the
legitimization of Umbandas in 1964 and the celebration of their institutionalization in 2012,
this research examines the creator myth as a political and social tool, grounded in Christian
concepts of historicity and divinization, aiming to consecrate White Umbanda as authentic and
official, seeking to bring it closer to socially accepted and legitimized religious practices. |
pt_BR |
dc.format.extent |
94 |
pt_BR |
dc.language.iso |
por |
pt_BR |
dc.publisher |
Florianópolis, SC. |
pt_BR |
dc.rights |
Open Access. |
en |
dc.subject |
Mito Criador |
pt_BR |
dc.subject |
Legitimidade |
pt_BR |
dc.subject |
Ideal Republicano |
pt_BR |
dc.subject |
Institucionalização |
pt_BR |
dc.subject |
Umbandas |
pt_BR |
dc.title |
Uma religião brasileira: mito criador e ideal republicano no processo de institucionalização das Umbandas |
pt_BR |
dc.type |
TCCgrad |
pt_BR |