dc.contributor |
Universidade Federal de Santa Catarina |
|
dc.contributor.advisor |
Coelho, Izete Lehmkuhl |
|
dc.contributor.author |
Bacelar, Helena Quiroga |
|
dc.date.accessioned |
2025-07-09T23:28:31Z |
|
dc.date.available |
2025-07-09T23:28:31Z |
|
dc.date.issued |
2025 |
|
dc.identifier.other |
392783 |
|
dc.identifier.uri |
https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/266120 |
|
dc.description |
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Comunicação e Expressão, Programa de Pós-Graduação em Linguística, Florianópolis, 2025. |
|
dc.description.abstract |
Estudos têm apontado que, devido aos altos índices de uso de a gente na fala para a expressão da primeira pessoa do plural, essa forma não é estigmatizada socialmente. Entretanto, os trabalhos que se debruçam sobre a avaliação dos pronomes nós e a gente têm indicado que ambas as variantes estão, de certo modo, na consciência do falante, podendo receber avaliações negativas, sobretudo quando envolve casos de concordância verbal considerados não padrão. Diante disso, com base teórico-metodológica na Teoria da Variação e Mudança Linguística, esta pesquisa analisa a relação entre o uso e a avaliação das formas de primeira pessoa do plural na fala de estudantes de graduação da Universidade Federal de Santa Catarina, a partir de entrevistas sociolinguísticas orais da Amostra Deslocamentos da UFSC, que replica o protocolo implementado na Amostra Deslocamentos da Universidade Federal de Sergipe. Através de uma análise qualitativa e quantitativa, realizada com os softwares Goldvarb e Iramuteq, investigamos o uso e a avaliação de nós e a gente na fala de 32 informantes e ainda a correlação das variantes com fatores linguísticos e sociais. Os resultados apontam para 89% de uso da forma a gente, correlacionados a determinados contextos das variáveis preenchimento do sujeito, gênero, mobilidade, tempo de curso e área de curso. O uso de nós parece estar cada vez mais restrito a expressões cristalizadas com a desinência -mos, principalmente, a forma "vamos". Em relação à avaliação, captamos valores estilísticos associados às formas de primeira pessoa do plural, "formal" para nós e "informal" para a gente, os entrevistados ainda dizem preferir usar a forma nós na escrita e na fala em situações que exigem maior monitoração. Assim, observamos que, ainda que a variante inovadora não seja estigmatizada, o pronome nós recebe avaliações mais positivas dos informantes com termos como "melhor" e "bonito". A concordância verbal considerada não padrão, por outro lado, se mostrou um domínio mais sensível, com avaliações negativas e com certo componente afetivo, ao que tudo indica, influenciadas pela força normatizadora da escolarização formal. Além disso, as formas exemplificadas foram também vinculadas às regiões interioranas, como o Oeste de Santa Catarina, e à menor escolaridade dos indivíduos. |
|
dc.description.abstract |
Abstract: Studies have shown that, due to the frequent use of a gente in speech to express the first-person plural, this form is not socially stigmatized. However, research focusing on the evaluation of the pronouns nós and a gente has indicated that both variants are, to some degree, within the speaker's awareness, often being negatively evaluated, especially when they involve instances of verbal agreement considered non-standard. In this context, based on the theoretical and methodological framework of the Theory of Linguistic Variation and Change, this study examines the relationship between the use and evaluation of first-person plural forms in the speech of undergraduate students at the Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), based on oral sociolinguistic interviews from the Deslocamentos Sample of UFSC, which replicates the protocol implemented in the Deslocamentos Sample from the Universidade Federal de Sergipe. Through both qualitative and quantitative analysis, conducted with the Goldvarb and Iramuteq software, we investigate the use and evaluation of nós and a gente in the speech of 32 informants, as well as the correlation of these variants with linguistic and social factors. The results show that a gente is used 89% of the time, conditioned by the filling of the subject, gender, mobility, length of time in the program, and field of study. The use of nós appears to be increasingly restricted to fixed expressions with the suffix -mos, particularly the form \"vamos.\" Regarding evaluation, we identified stylistic values associated with the first-person plural forms, with nós being considered \"more formal\" and a gente \"more informal.\" The interviewees still report preferring to use nós in writing and speaking in situations that require greater self-monitoring. Thus, we observe that, although the innovative variant is not stigmatized, the pronoun nós receives more positive evaluations from the informants, with terms such as \"better\" and \"prettier.\" Non-standard verbal agreement, on the other hand, appeared to be a more sensitive domain, receiving negative evaluations with an emotional component, strongly influenced by the normativity of formal schooling. Additionally, the forms exemplified were also associated with rural areas, such as the West of Santa Catarina, and with individuals? lower levels of education. |
en |
dc.format.extent |
226 p.| il., gráfs., tabs. |
|
dc.language.iso |
por |
|
dc.subject.classification |
Linguística |
|
dc.subject.classification |
Concordância verbal |
|
dc.subject.classification |
Variação linguística |
|
dc.subject.classification |
Sociolinguística |
|
dc.title |
"A gente eu acho que tá correto também, mas não tão correto": uso e avaliação de pronomes de primeira pessoa do plural por estudantes da UFSC |
|
dc.type |
Dissertação (Mestrado) |
|
dc.contributor.advisor-co |
Monguilhott, Isabel de Oliveira e Silva |
|