Abstract:
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A presente dissertação aplica as abordagens institucionalista e neo-schumpeteriana para compreender a dinâmica de desenvolvimento industrial e a conseqüente evolução do desequilíbrio econômico do Rio Grande do Sul. Parte-se da constatação, de que há um século atrás, a região hoje atrasada era a mais rica e dinâmica do Estado. Entretanto, a hstória mostra que, ao longo do século XX, inverteram-se os papéis quanto à hegemonia e dinâmica econômica regional. A lógica interna de desenvolvimento regional deu-se com a ampliação de desigualdades econômicas, proporcionando ao Estado a consolidação de duas regiões, uma industrializada # Metade Norte - e outra não - Metade Sul. A hipótese é que originaram-se dois path dependencies, um dinâmico e outro não, determinados, amplamente, por fatores tecnológicos e pelas matrizes institucionais das duas "metades". Elementos, de larga duração, presentes no percurso original, como direitos de propriedade, aprendizagem, estrutura social, ideologia, hábitos, políticas públicas e inovações, produziram estruturas industriais locais, particulares, capazes de explicar a trajetória de desenvolvimento industrial e o desequilíbrio regional contemporâneo do Rio Grande do Sul. A análise evolucionária mostra dois períodos cruciais para o entendimento do desenvolvimento industrial gaúcho: o começo da República Velha e o início da segunda metade do século XX. Nesses dois momentos, a economia gaúcha encontrava-se em crise, vindo logo em seguida a reestruturar-se. A região responsável pela mudança tecnoprodutiva, nos dois períodos, foi à Metade Norte, consolidando-se como matriz industrial dinâmica do Estado do Rio Grande do Sul. |