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Os objetivos do trabalho versam sobre discutir e analisar a proposta do Ensino Fundamental no que tange ao significado e sentidos dessas práticas escolares, constitutivas dos dizeres de seis alunos surdos,participantes da pesquisa. Foram utilizados como suportes teóricos e metodológicos: Análise do Discurso de abordagem francesa (Pêcheux, 2012), alguns conceitos advindos da Psicanálise Freudo lacaniana (Freud, 1921; Lacan, 2008; Teixeira,2005 e outros) e estudos sobre a língua de sinais (Skliar, 1998; Sacks, 2000; e Quadros e Karnopp, 2004). Para a construção do corpus da pesquisa foram realizadas duas entrevistas, com cada um dos participantes, seis jovens surdos de faixa etária entre 13(treze) e 26(vinte e seis) anos, alunos matriculados,regularmente,em duas turmas, das séries finais do Ensino Fundamental (8º e 9º anos), de uma escola da rede pública da cidade de Uberlândia –MG. As entrevistas foram realizadas em LIBRAS(Língua Brasileira de Sinais), levando em conta que todos os alunos participantes possuíam proficiência em LIBRAS. As entrevistas foram interpretadas, simultaneamente, em português (oral) e registradas em áudio e vídeo. As informações tratadas pela pesquisa sugerem que a constituição das pessoas com surdez em alunos, resulta, em primeiro lugar, da relação do surdo com a sua surdez. Em segundo lugar, da necessidade de acesso a uma língua para que a comunicação possa ser estabelecida, desenvolvida e ampliada. A pesquisa demonstrou/confirmou que LIBRAS comparece como uma língua que favorece o desenvolvimento e a comunicação dos surdos. Em terceiro lugar a pesquisa evidencia que a escola, ao priorizar a Língua Portuguesa (escrita e oral), em detrimento de uma abordagem bilíngue (LIBRAS-Língua Portuguesa), acaba por levar o aluno surdo a viver uma situação de conflitos, contradições e exclusões dentro do contexto escolar, bem como a desenvolver uma espécie de dependência do interprete escolar. |
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