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A presente pesquisa está vinculada aos estudos do mestrado acadêmico em Ensino de Ciências Naturais e Matemática pela Universidade Federal de Sergipe – UFS e teve como propósito, analisar a influência dos processos de formação docente na prática dos professores no ensino de Matemática para alunos surdos inclusos no ensino fundamental regular e Educação de Jovens e Adultos - EJA. A questão central da pesquisa – Como as praxeologias adotadas por professores de Matemática para ensinar alunos surdos são influenciadas pelos processos de sua formação docente? – desdobrou-se em outras questões norteadoras visando abranger a dimensão de ensino por meio das seguintes categorias conceituais: Educação de Surdo (STROBEL, 2008; GESSER, 2009; SACKS, 2015; SOUZA, 2010; SOUZA, 2012 e SKLIAR, 2013), Educação de Surdo e Educação Matemática (BORGES, 2006; GIL, 2007; NASCIMENTO, 2009; PAIXÃO, 2010; SOUZA, 2013 e MARINHO, 2016), as Políticas Públicas a partir das legislações vigentes e documentos oficiais; e Praxeologias (CHEVALLARD, 1996 e SOUZA, 2015). Adotou-se como sujeitos principais da pesquisa, os professores de Matemática de uma escola da rede estadual em Aracaju-SE, por atender maior número de surdos inclusos, além de atuarem em diferentes modalidades do ensino fundamental (regular e EJA). Assim, esta é uma pesquisa com abordagem qualitativa de natureza exploratória e descritiva-explicativa, cuja análise do fenômeno e do conteúdo dos sujeitos foi realizada por meio de questionário e observação de aulas. O questionário foi aplicado aos dois professores de Matemática que atuam com alunos surdos, no qual as questões abordam aspectos pessoais e do processo de formação, além de suas respectivas opiniões sobre a temática da pesquisa. Na observação da práxis desses professores, foi possível constatar uma lacuna de conhecimentos/formação sobre metodologias apropriadas para ensinar alunos surdos, um fator que pode interferir diretamente no processo educacional. Constatou-se também, uma inclusão com diversidade de deficiências em uma mesma turma, pondo o professor em constantes desafios para suas organizações praxeológicas; intérpretes confundindo seu papel, deixando os alunos surdos sem acesso ao que é explicado pelo professor. Por fim, como consequência desses fenômenos que institucionalizam o cotidiano das aulas de Matemática para alunos surdos inclusos, o uso de praxeologias inadequadas sem haver uma interlocução pedagógica entre professor-intérprete-aluno. |
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