Autoeficácia culinária e no uso e consumo de frutas, legumes e verduras em estudantes universitários ingressantes: relação com características sociodemográficas e pessoais

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Autoeficácia culinária e no uso e consumo de frutas, legumes e verduras em estudantes universitários ingressantes: relação com características sociodemográficas e pessoais

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Title: Autoeficácia culinária e no uso e consumo de frutas, legumes e verduras em estudantes universitários ingressantes: relação com características sociodemográficas e pessoais
Author: Borba, Thais Peiter de
Abstract: O ingresso na universidade é uma etapa marcada por mudanças na vida do estudante, entre elas a responsabilidade pela própria alimentação. Estudos mostram que, ter habilidades culinárias, e ser confiante em executá-las pode melhorar a qualidade da alimentação dos indivíduos. A autoeficácia culinária é uma medida de avaliação utilizada para medir a confiança em desempenhar determinada tarefa na cozinha. Estudos de intervenção culinária demonstram, dentre os benefícios do aumento da autoeficácia culinária, o aumento do consumo de frutas, legumes e verduras (FLV). Entretanto, não foi identificado nenhum estudo que avaliasse a autoeficácia culinária, no uso e no consumo de FLV em universitários brasileiros e sua associação com as características sociodemográficas e pessoais. O objetivo do estudo foi identificar a autoeficácia culinária, bem como a confiança em utilizar e consumir FLV em universitários ingressantes e verificar associação com suas características sociodemográficas e pessoais. Para tanto foi realizado um estudo transversal e descritivo, no qual foram analisados dados previamente coletados de uma amostra representativa de universitários ingressantes de uma universidade pública no sul do Brasil. Informações referentes a habilidades culinárias, características sociodemográficas e pessoais foram coletadas por meio de um questionário on line validado e adaptado transculturalmente para o Brasil. Desse questionário, utilizouse a seção de Autoeficácia: Autoeficácia no consumo de frutas, legumes e verduras (ACFLV), Autoeficácia culinária e uso de técnicas culinárias básicas (ATCB) e Autoeficácia no uso de frutas, legumes, verduras e temperos (AUFLV), dados estes coletados utilizando escalas do tipo Likert de cinco pontos. A pesquisa foi submetida e aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos (CEP) da instituição proponente (protocolo nº1.189.246). Os dados foram organizados em banco no programa Microsoft office Excel 2010 e analisados no programa estatístico Stata versão 11.0 (StataCorp LP). A normalidade dos dados foi avaliada pelo teste de Shapiro-Wilk. Para avaliar se os escores medianos de autoeficácia diferiram segundo características sociodemográficas e pessoais, foram aplicados testes de Mann Whitney e Kruskall Wallis com post hoc Mann Whitney. Participaram do estudo 766 indivíduos, com média de idade de 21± 5,6 anos. A maioria da amostra era do sexo feminino (60%), 45% moravam com pais e/ou avós e 72% afirmaram saber cozinhar. Os escores medianos das escalas de autoeficácia foram 3,33 para a escala ACFLV e 3,55 para as escalas de AUFLV e ATCB. Ao analisar as seções de autoeficácia, os escores medianos das três escalas foram superiores em indivíduos do sexo feminino, indivíduos acima de 25 anos, estudantes de cursos da área da vida e que referiram saber cozinhar. Os escores medianos da escala de ACFLV também foram superiores entre aqueles que residiam com outros que não os pais ou avós (p=0,027)e que relataram ter disponíveis de 1 a 3 horas por dia para cozinhar (p=0,023). Para a escala de AUFLV, maiores escores foram encontrados também entre o aqueles que referiram possuir mais de 1 hora disponível por dia para cozinhar (p=0,011) e que realizavam a principal refeição em casa (p=0,042). Para a escala de ATCB, maiores escores medianos foram encontrados dentre aqueles que moravam com outros (p=0,038), com tempo disponível para cozinhar superior a 3 horas por dia (p=0,002) e que realizavam a principal refeição em casa (p=0,003). Menores escores foram identificados, nas três escalas, para indivíduos que frequentavam algum curso da área de exatas, para os que referiram ter menos de 1 hora diária para cozinhar e entre os que relataram não saber cozinhar. Ao analisar as medianas das três escalas, não se observou diferença significativa em relação as variáveis com quem aprendeu a cozinhar, forma de ingresso e escolaridade dos pais (p>0,05). Estudantes do sexo feminino, com mais de 25 anos, da área da vida, que moravam com outros, que relataram saber cozinhar e que realizam a principal refeição em casa apresentaram maior autoeficácia culinária e mais confiança em usar e consumir FLV. Os resultados do estudo podem servir de subsídio para programas de intervenção e políticas voltadas para a promoção da saúde no contexto universitário.Abstract : The university entrance is a stage marked by changes in a student life, among them the responsibility for the own food. Studies show that having culinary skills, and being confident in them, can improve the quality of individuals' nutrition. Culinary self-efficacy is a form of evaluation used to measure confidence in performing a given task. Culinary intervention studies demonstrate, among the benefits of increased culinary self-efficacy, an increased consumption of fruits and vegetables (FV). However, no study was identified which evaluated the culinary self-efficacy in the use and consumption of FV in Brazilian university students, or that related to sociodemographic and personal characteristics. The objective of the study was to identify the culinary self-efficacy, as well as the confidence in using and consuming FV in freshman university students, and verify association with their sociodemographic and personal characteristics. A transversal and descriptive study was carried out in which data previously collected from a representative sample of young people students from a public university in southern Brazil were analysed. Information on culinary skills, sociodemographic and personal characteristics were collected through an online questionnaire validated and adapted transculturally to Brazil. From this questionnaire, the self-efficacy section was used: Self-efficacy in fruit and vegetable consumption (SEPC), Cooking selfefficacy and use of basic cooking techniques (SECT) and Self-efficacy for using of fruits, vegetables, and seasonings (SEFVS). These data were collected using five-point Likert scales. The research was submitted and approved by the Committee of Ethics in Research with Human Beings of the proposing institution (protocol nº1.189.246). Data were organized in a database in the program Microsoft office Excel 2010 and analyzed in the statistical program Stata version 11.0 (StataCorp LP). The normality was evaluated by the Shapiro-Wilk test. In order to evaluate whether the median self-efficacy scores differed according to sociodemographic and personal characteristics, Mann Whitney and Kruskall Wallis tests with post hoc Mann Whitney were applied. A total of 766 subjects participated in the study, with the average age of 21 ± 5.6 years old. The majority of the sample was female (60%), 45% lived with parents and/or grandparents and 72% said they knew how to cook. The median scores of the self-efficacy scales were 3.33 for the SEPC scale and 3.55 for the SECT and the SEFVS scales. When analyzing the self-efficacy sections, the median scores of all scales were higher in females, over 25 years old, students from life area and who referred to know how to cook. From the and who reported living with others (p=0,027) and having available 1 to 3 hours a day to cook (p=0,0223). For the SEFVS scale, higher scores were also found among who had more than 1 hour available per day to cook (p=0,0111) and whom performed the main meal at home (p=0,042). For the SECT scale, higher median scores were found among those who lived with others (p=0,0380), with available time to cook longer than 3 hours per day (p=0,0002) and who performed the main meal at home (p=0,003). Lower scores were identified in the three scales for individuals who attended some course of the natural science area, for those who reported having less than 1 hour a day to cook and among those who reported not knowing how to cook. When analyzing the medians of the three scales, no significant difference was observed in relation to the variable with those who learned how to cook (p>0,05). Female students over 25 years old, studying the life science area, who lived with others, who reported knowing how to cook and who performed the main meal at home presented greater culinary self-efficacy and more confidence in using and consuming FV. In establishing these relationships, the results may serve as a subsidy for intervention programs and policies aimed at promoting health in the university context.
Description: Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Nutrição, Florianópolis, 2018.
URI: https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/205946
Date: 2018


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