dc.contributor |
Universidade Federal de Santa Catarina |
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dc.contributor.advisor |
Nunes, Everson Araújo |
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dc.contributor.author |
Corrêa, Cinthia Rejane |
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dc.date.accessioned |
2021-02-26T14:54:02Z |
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dc.date.available |
2021-02-26T14:54:02Z |
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dc.date.issued |
2021 |
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dc.identifier.other |
371187 |
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dc.identifier.uri |
https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/220545 |
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dc.description |
Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Nutrição, Florianópolis, 2021. |
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dc.description.abstract |
A inflamação crônica de baixo grau é uma resposta descontrolada do organismo e pode ser influenciada pela qualidade da dieta e pela adiposidade corporal. A dieta é um fator ambiental e seu potencial inflamatório tem sido associado com o desenvolvimento de alterações metabólicas, doenças crônicas não transmissíveis e com o incremento da adiposidade. No entanto, os resultados dos estudos que avaliaram a associação entre o potencial inflamatório da dieta e os indicadores antropométricos e marcadores metabólicos ainda são controversos e, em muitos deles, a amostra avaliada já apresenta alguma alteração metabólica ou elevada faixa etária. Diante disso, o objetivo desta tese de doutorado foi avaliar as possíveis associações entre o potencial inflamatório da dieta e os indicadores de adiposidade e marcadores metabólicos em homens adultos jovens. Este foi um estudo observacional transversal e comparativo conduzido de setembro a dezembro de 2018 e de fevereiro a maio de 2019, em Florianópolis-SC. Inicialmente, objetivamos investigar a concordância e a associação entre os indicadores massa relativa de gordura (MRG) e o índice de massa corporal (IMC) e os equipamentos de referência na avaliação da composição corporal, a Densitometria por dupla emissão de raios-X (DXA) e a Bioimpedância elétrica (BIA). A concordância foi analisada por meio da Correlação de Pearson e o índice kappa e a associação foi investigada em um modelo de regressão linear univariada e multivariada. A amostra, composta por 81 indivíduos jovens e saudáveis, foi dicotomizada em 2 grupos: grupo GCN (gordura corporal ? GC? normal: GC < 22,8%) e o grupo GCE (GC em excesso: GC =22,8%, cujo valor representa obesidade de acordo com a MRG). Os resultados com toda a amostra e para o GCN indicaram que as correlações e a força de concordância entre a MRG com ambos os equipamentos foram superiores aos resultados encontrados com o IMC. Contudo, no grupo GCE, os resultados entre os indicadores e os equipamentos foram similares. O modelo multivariado revelou associações fortes entre a MRG e DXA e BIA. Nesta primeira etapa do nosso estudo, as análises demonstraram que a MRG pode ser utilizada como uma ferramenta para avaliação da adiposidade. Para a investigação das possíveis relações entre o potencial inflamatório da dieta e os indicadores de adiposidade e marcadores metabólicos, o consumo alimentar dos indivíduos foi avaliado por meio de 3 Registros Alimentares (RA) e, após a análise dos RA foi calculado o Índice Inflamatório da Dieta ajustado pela energia (E-IID), utilizando 27 parâmetros alimentares. O E-IID foi dividido em tercis. Os marcadores metabólicos foram representados pela glicemia sanguínea e insulinemia plasmática prandiais e em alguns pontos pós-prandiais e na dosagem prandial das concentrações plasmáticas dos triglicerídeos, colesterol total, HDL e LDL. Os indicadores antropométricos foram representados por variáveis obtidas pela varredura de corpo inteiro na DXA e por meio da circunferência da cintura (CC), razão entre a CC e altura e MRG. Ainda, para avaliar o nível de atividade física (AF) e sono foram utilizados acelerômetros. As associações entre o E-DII e os indicadores antropométricos e marcadores metabólicos foram testadas em um modelo de regressão linear multivariada ajustada para AF. Para as variáveis do perfil metabólico, houve ajuste adicional para a %GC. A população do estudo consistiu em 59 homens jovens (26,2 ± 4,2 anos), com média de massa corporal igual a 78,9 ± 15,9 kg, GC de 25,8 ± 8,1 % e IMC equivalente a 25,0 ± 4,7 kg/m². A pontuação do E-IID variou de -3,48 (dieta mais anti-inflamatória) a 3,10 (dieta mais pró-inflamatória). Ao longo dos tercis, a ingestão calórica foi similar, porém, o maior tercil (pró-inflamatório) apresentou elevado consumo de grão refinados e reduzido consumo de grãos integrais e proteína vegetal, quando comparado ao primeiro tercil (anti-inflamatório). No modelo ajustado, o maior tercil de E-IID foi associado com a quantidade e com a distribuição da adiposidade (GC total, GC visceral, GC androide, GC ginoide e CC). O E-IID não se associou com as variáveis da homeostase glicêmica. Em conclusão, em adultos jovens e saudáveis, um elevado potencial inflamatório da dieta foi associado com a marcadores de adiposidade corporal, com ênfase na adiposidade central, mesmo havendo similaridade dos valores do IMC entre os tercis. |
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dc.description.abstract |
Abstract: Low-grade chronic inflammation is an uncontrolled body response and can be influenced by the subjects? quality of diet and adiposity. Diet is an environmental factor, and its inflammatory potential has been associated with the development of metabolic dysfunctions, non-communicable diseases, and elevated adiposity. However, the study?s results that evaluated the association between the dietary inflammatory potential and anthropometric indicators and metabolic markers are still controversial and, in many of them, the sample evaluated already had some metabolic dysfunction or elevated age range. Therefore, the doctoral thesis aimed to evaluate the possible associations between the dietary inflammatory potential and anthropometric indicators and metabolic markers in young adult men. This prospective observational cross-sectional and comparative study was conducted from September to December 2018 and from February to May 2019, in Florianópolis-SC. Firstly, in a parallel idea, focused on anthropometric indicators, we aimed to investigate the agreement and association between the indicators relative fat mass (RFM) and the body mass index (BMI) and the reference equipment in the body composition assessment, the Dual emission X-ray densitometry (DXA) and electrical bioimpedance (BIA). Agreement was analyzed using Pearson's Correlation and the kappa index and the association was investigated in a univariate and multivariate linear regression model. The sample, composed by 81 young and healthy individuals, was dichotomized in 2 groups: NBF group (body fat - BF? normal: BF <22.8%) and the EBF group (excess BF: BF =22.8%, whose value represents obesity according to the RFM). The results with the entire sample and for the NBF indicated that the correlations and the strength of agreement between the RFM with both equipment were superior to the results found with the BMI. However, in the EBF group, the results between indicators and equipment were similar. The multivariate model revealed strong associations between RFM and DXA and BIA. In this first stage of our study, the analyzes showed that RFM can be used as a tool for assessing adiposity. Food consumption was assessed using 3 Food Records (FR) and, after FR analysis, the energy-adjusted Dietary Inflammatory Index (E-DII) was calculated, using 27 food parameters, to investigate the possible relationship between dietary inflammatory potential and the anthropometric indicators and metabolic markers. The E-DII was divided into tertiles. The metabolic markers were represented by prandial blood glucose and plasma insulinemia and in some postprandial points and in the prandial measurement of plasma concentrations of triglycerides, total cholesterol, HDL, and LDL. Anthropometric indicators were represented by variables obtained by whole-body scan in DXA and by means of waist circumference (WC), waist-to-height ratio and RFM. Also, to assess the physical activity (PA) level and sleep, accelerometers were used. The associations between E-DII and anthropometric and metabolic markers were tested in a multivariate linear regression model adjusted for PA. For metabolic markers variables, there was an additional adjustment for % BF. The study population consisted of 59 young men (26.2 ± 4.2 years), with a mean body mass of 78.9 ± 15.9 kg, a BF of 25.8 ± 8.1%, and mean BMI equivalent to 25.0 ± 4.7 kg / m². The E-DII score ranged from -3.48 (the most anti-inflammatory diet) to 3.10 (the most pro-inflammatory diet). Over the tertiles, the energy intake was similar. However, the largest tertile (pro-inflammatory) showed a high consumption of refined grains and reduced consumption of whole grains and vegetable protein, when compared to the first tertile (anti-inflammatory). In the adjusted model, the highest E-DII tertile was associated with the amount and distribution of adiposity (total BF, visceral BF, android BF, gynoid BF and WC). The E-DII was not associated with glycemic homeostasis variables. In conclusion, in young and healthy adults, a high dietary inflammatory potential was associated with body adiposity indicators, with emphasis on central adiposity markers, even though BMI values were similar between tertiles. |
en |
dc.format.extent |
207 p.| il., gráfs. |
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dc.language.iso |
por |
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dc.subject.classification |
Nutrição |
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dc.subject.classification |
Adiposidade |
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dc.subject.classification |
Inflamação |
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dc.title |
Associação entre potencial inflamatório da dieta, indicadores de adiposidade e marcadores metabólicos: um estudo observacional transversal em homens adultos jovens |
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dc.type |
Tese (Doutorado) |
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