Ingestão alimentar de ácidos graxos ômega-3 e 6 e síndrome metabólica em adolescentes brasileiros de 12 a 17 anos: um estudo seccional de base escolar

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Ingestão alimentar de ácidos graxos ômega-3 e 6 e síndrome metabólica em adolescentes brasileiros de 12 a 17 anos: um estudo seccional de base escolar

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dc.contributor Universidade Federal de Santa Catarina
dc.contributor.advisor Vasconcelos, Francisco de Assis Guedes de
dc.contributor.author Tureck, Camila
dc.date.accessioned 2022-02-14T13:29:19Z
dc.date.available 2022-02-14T13:29:19Z
dc.date.issued 2021
dc.identifier.other 374127
dc.identifier.uri https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/230904
dc.description Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Nutrição, Florianópolis, 2021.
dc.description.abstract Introdução: A síndrome metabólica (SM) abrange um conjunto de desordens fisiológicas que aumenta o risco para o desenvolvimento de diabetes mellitus do tipo 2 e doenças cardiovasculares. A ingestão de ácidos graxos (AGs) ômega-3 e 6 apresenta interesse científico devido aos possíveis efeitos benéficos na SM e seus componentes. Objetivos: Esta dissertação teve como principal objetivo verificar a associação de ingestão alimentar de AGs ômega-3 e 6 com a prevalência de SM e seus respectivos componentes (circunferência da cintura (CC), pressão arterial (PA), glicemia de jejum, triglicerídeos e High Density Lipoprotein - cholesterol (HDL-c)) em adolescentes brasileiros de 12 a 17 anos de idade. Além disso, esta dissertação inclui uma revisão sistemática da literatura sobre evidências científicas da associação de ingestão/suplementação alimentar de AGs ômega-3 e 6 com SM em adolescentes. Método: A pesquisa referente ao objetivo principal compreende uma investigação seccional de base escolar, com dados do Estudo de Riscos Cardiovasculares em Adolescentes (ERICA), que foi conduzido entre 2013-2014 em todas as regiões do Brasil. Foram coletadas e analisadas variáveis sociodemográficas, antropométricas, clínicas e bioquímicas. O consumo alimentar foi investigado por meio de um Recordatório Alimentar de 24 horas (R24h), e um segundo R24h foi aplicado em 7% da amostra total. Realizou-se análise de regressão logística sendo a ingestão de AGs ômega-3 e 6 a exposição e SM e seus componentes o desfecho, segundo sexo e faixa etária. A revisão sistemática teve seu protocolo registrado no Prospective Register of Systematic Reviews (PROSPERO), sob número 42020185370. A busca foi realizada até 30 de março de 2021, nas bases de dados PubMed, Scopus, Web of Science, LILACS, CENTRAL (Cochrane), ProQuest Dissertations & Theses Global (PQDT Global), Banco de Teses da Capes e Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações (BDTD). Resultados: Da pesquisa principal participaram 36.751 adolescentes. Em meninas entre 15-17 anos, maior ingestão de AGs ômega-3 foi associada à menor chance de SM. Para os meninos entre 12-14 anos, maior ingestão de AGs ômega-6 foi associada à maior chance de SM e à menor chance de HDL-c baixo. Na revisão sistemática foram incluídos 15 estudos, publicados entre 2010 e 2019. Nenhum estudo avaliou o efeito ou a associação entre os AGs ômega-3 e 6 na SM em si, apenas nos seus componentes. Os ensaios clínicos randomizados identificaram efeitos do ômega-3 na redução da pressão arterial (n=2), redução da glicemia (n=2), redução de triglicerídeos (n=5) e aumento de HDL-c (n=5), considerando a comparação com o grupo controle e/ou o baseline. Três dos nove estudos de intervenção apresentaram qualidade do relato inferior a 50%, e os estudos observacionais apresentaram adequação entre 42,9% e 78,8%. Em geral, a maioria dos estudos apresentou baixo risco de viés. No entanto, verificou-se heterogeneidade metodológica entre os estudos, tamanho amostral relativamente pequeno e resultados divergentes para um mesmo desfecho. Conclusões: Os resultados encontrados na pesquisa principal sugerem efeitos benéficos dos AGs ômega-3 na SM em meninas entre 15-17 anos. Porém, os achados nos dois estudos desta dissertação demonstram que mais pesquisas são necessárias para elucidar os efeitos dos AGs ômega-6 na SM e seus componentes.
dc.description.abstract Abstract: Introduction: Metabolic syndrome (MS) encompasses a set of physiological disorders that increase the risk of developing type 2 diabetes mellitus and cardiovascular disease. The ingestion of omega-3 and 6 fatty acids (FAs) is of scientific interest due to the possible beneficial effects on MS and its components. Objectives: This dissertation aimed to verify the association of dietary intake of omega-3 and 6 FAs with the prevalence of MS and its components (waist circumference (WC), blood pressure (BP), fasting glucose, triglycerides and High Density Lipoprotein - cholesterol (HDL-c) in Brazilian adolescents from 12 to 17 years of age. In addition, this dissertation includes a systematic review of the literature on scientific evidence of the association of dietary intake/supplementation of omega-3 and 6 FAs with MetS in adolescents. Method: The main objective research comprises a school-based sectional investigation, with data from the Study of Cardiovascular Risks in Adolescents (ERICA), which was conducted between 2013-2014 in all regions of Brazil. Sociodemographic, anthropometric, clinical and biochemical variables were collected and analyzed. Food consumption was investigated using a 24-hour Food Record (R24h), and a second R24h was applied to 7% of the total sample. Logistic regression analysis was performed, with the intake of omega-3 and 6 FAs being the exposure and MS and its components the outcome, according to sex and age group. The systematic review had its protocol registered in the Prospective Register of Systematic Reviews (PROSPERO), under number 42020185370. The search was carried out until March 30, 2021, in the databases PubMed, Scopus, Web of Science, LILACS, CENTRAL (Cochrane), ProQuest Dissertations & Theses Global (PQDT Global), Capes Theses Bank and Brazilian Digital Library of Theses and Dissertations (BDTD). Results: 36,751 adolescents participated in the main survey. In girls aged 15-17 years, higher intake of omega-3 FAs was associated with a lower chance of MetS. For boys aged 12-14 years, higher intake of omega-6 FAs was associated with a higher chance of MS and a lower chance of low HDL-c. The systematic review included 15 studies, published between 2010 and 2019. No study evaluated the effect or association between omega-3 and 6 FAs in MS itself, only in its components. Randomized clinical trials identified effects of omega-3 in lowering blood pressure (n=2), lowering blood glucose (n=2), lowering triglycerides (n=5) and increasing HDL-c (n=5), considering the comparison with the control group and/or the baseline. Three of the nine intervention studies had a reporting quality of less than 50%, and the observational studies had an adequacy of between 42.9% and 78.8%. Overall, most studies had a low risk of bias. However, there was methodological heterogeneity between studies, a relatively small sample size and divergent results for an equal outcome. Conclusions: The results found in the main research suggest beneficial effects of omega-3 FAs on MS in girls aged 15-17 years. However, the findings in the two studies in this dissertation demonstrate that more research is needed to elucidate the effects of omega-6 FAs on MS and its components. en
dc.format.extent 198 p.| il.
dc.language.iso por
dc.subject.classification Nutrição
dc.subject.classification Adolescentes
dc.subject.classification Síndrome metabólica
dc.subject.classification Ácidos graxos
dc.subject.classification Ingestão de alimentos
dc.title Ingestão alimentar de ácidos graxos ômega-3 e 6 e síndrome metabólica em adolescentes brasileiros de 12 a 17 anos: um estudo seccional de base escolar
dc.type Dissertação (Mestrado)
dc.contributor.advisor-co Retondario, Anabelle


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