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As práticas de avaliação desenvolvidas em classes regulares - organizadas na perspectiva educacional inclusiva - que atendem a alunos surdos, precisam considerar as potencialidades do estudante, de maneira a evidenciar o seu aprendizado e possibilitar o planejamento de novos caminhos que permitam êxito em sua escolarização. Diante disso, para a realização deste trabalho, elencamos como objetivo geral: analisar a relação entre as concepções e práticas dos professores na avaliação dos estudantes surdos em classes inclusivas dos anos finais do Ensino Fundamental da rede pública da cidade de Cajazeiras/PB. Para tanto, empreendemos pesquisas bibliográficas e documentais para a seleção das bases epistemológicas que direcionam a investigação, tais como a Educação Inclusiva (BRASIL, 1996, 2008, 2011; CARVALHO, 2012, 2014, MANTOAN, 2015); Educação de surdos (BRASIL, 2002; 2005; 2011; 2014; 2015) entre outros; a visão sócio-antropológica da surdez apresentada por Skliar (2001); na abordagem de avaliação diagnóstica defendida por Luckesi (2011a, 2011b, 2018) e na prática da avaliação mediadora proposta por Hoffmann (2011, 2013, 2018). Realizamos um Estudo de Caso, em uma turma do oitavo ano, fazendo uso da observação das aulas, registradas em um diário de campo, além de entrevistas com nove educadores. Analisamos o Regimento Escolar, o Projeto Político Pedagógico e realizamos a observação in loco para compreendermos a organização escolar disponibilizada para atender aos alunos surdos que estudam em classes inclusivas. Realizamos, também, entrevistas e observações para identificar as concepções de nove educadores - oito professores e um Tradutor Intérprete de Libras - sobre a avaliação do surdo e relacionamos as concepções às práticas avaliativas propostas por esses educadores. Essas análises, elaboradas à luz da literatura consultada, geraram um caderno didático para ser socializado com os educadores, que contém reflexões teóricas e apresenta as experiências de avaliação observadas com os professores participantes e outras que estão disponíveis na literatura. Como principais resultados elencamos a necessidade de compreensão, dos educadores, sobre as concepções que norteiam a Educação Inclusiva e a função de cada recurso (humano e material) previsto na implementação da Educação Especial; o reconhecimento dos obstáculos para a efetivação da avaliação, como a proposta escolar e as concepções dos próprios educadores sobre a avaliação, com vistas a buscar, coletivamente, estratégias de superação; e a precariedade de divulgação científica que analisem as experiências de avaliação de surdos, utilizando instrumentos diferenciados e de cadernos didáticos que versam sobre a temática. |
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