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Nesta dissertação, proponho uma experimentação que repensa práticas que constituem a formação de Tradutoras(es) e Intérpretes de Libras-Português (TILSP) a partir da noção matriz de experiência. O objetivo central desta pesquisa é compreender como, no processo histórico de constituição da formação de Tradutores e Intérpretes de Libras-Português, instituem-se as tecnologias de modulação de suas condutas, bem como caminhos que se configuram como linhas de fuga. Para contemplá-lo e relacioná-lo numa experimentação teórico-metodológica, estabeleci três objetivos específicos, que são tangenciados por meio das conversas com TILSP, são eles: (i) Investigar as condições de possibilidade que contribuíram para a emergência da formação dos Tradutores e Intérpretes de Libras-Português; (ii) Analisar como, no processo formativo, vêm sendo constituídas as tecnologias de modulação nas condutas dos Tradutores e Intérpretes de Libras-Português; e (iii) Problematizar, a partir das conversas com os TILSP, como se constituem nas tecnologias de modulação de condutas correlatas a uma racionalidade política moderna, bem como formas de ser TILSP que se configuram como linhas de fuga. Para operar analiticamente, utilizo a governamentalidade e a subjetivação como ferramentas conceituais, que me possibilitaram tencionar como a justaposição formação-experiência pode funcionar duplamente como uma linha de fuga que possibilite uma atitude que extrapole os limites estabelecidos pelas práticas discursivas e não discursivas hegemônicas da modernidade. Argumento que a formação de TILSP emerge de uma racionalidade composta por práticas asseguradas por dispositivos de disciplinas, gestão da vida organizada e modulação da memória e suas potências virtuais. Nesse movimento discuto que a matriz de experiência modula os caminhos pelos quais nos tornamos TILSP e se correlaciona aos dispositivos neoliberais e aos processos de subjetivação, por isso, é responsável pela emergência de quatro figuras subjetivas dominantes da crise, quais
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sejam, o endividado, o mediatizado, o securitizado e o representado. Metodologicamente analiso essas figuras subjetivas como resultado do entrecruzamento de uma série de dispositivos pedagógicos de produção e mediação da experiência de si a partir de um corpus de análise produzido por meio de conversação como procedimento. Além das conversas, a materialidade analítica também é composta por dispositivos legais, produções acadêmicas voltadas ao tema da formação de TILSP. A partir dos dados, associo as figuras subjetivas aos elementos que adjetivam os sujeitos da pesquisa, tais como (i) TILSP Endividado, (ii) TILSP Mediatizado, (iii) TILSP Securitizado e (iv) TILSP Representado, para, assim, desenvolver a caminhada de investigação, análise e problematização das práticas pelas quais nos tornamos TILSP. Nesse movimento, a formação-experiência se configura como um vetor para pensar os TILSP como sujeitos capazes de subverter os processos que reproduzem essas figuras de subjugação. A formação-experiência como des-possibilidade para TILSP, além de se situar nesse fluxo de produção de subjetividades, pode ser um modo de revisitar nossa constituição como não natural.
A tese que defendo nesse trabalho é que a formação-experiência é uma atitude cuja característica potencializa modos de ser TILSP através de experimentações menores existentes no cotidiano e inscritas no aqui e agora. Dito de outro modo, a formação-experiência é da ordem da vida em sua plenitude de criação. A justaposição formação-experiência para TILSP pode se constituir como uma des-possibilidade que extrapole os limites estabelecidos pelas práticas (discursivas e não-discursivas) constituintes dos modos de ser TILSP. Nesse movimento, a formação-experiência se configura como um vetor para pensar os TILSP como sujeitos capazes de subverter os processos que reproduzem essas figuras de subjugação. |
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