Efeitos do consumo agudo de taurina isolada sobre parâmetros de desempenho físico em atletas de futebol profissional: um ensaio clínico randomizado triplo-cego cruzado

DSpace Repository

A- A A+

Efeitos do consumo agudo de taurina isolada sobre parâmetros de desempenho físico em atletas de futebol profissional: um ensaio clínico randomizado triplo-cego cruzado

Show full item record

Title: Efeitos do consumo agudo de taurina isolada sobre parâmetros de desempenho físico em atletas de futebol profissional: um ensaio clínico randomizado triplo-cego cruzado
Author: Abraham, Laura Hermes
Abstract: A taurina (ácido 2-aminoetilsulfônico) é um aminoácido condicionalmente essencial, sintetizado no fígado a partir da metionina e cisteína, contendo enxofre em sua composição. A suplementação de taurina tem sido investigada como potencial recurso ergogênico nutricional. O objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos ergogênicos agudos da suplementação de taurina sobre o desempenho físico anaeróbio (sprints repetidos; RSA), aeróbio (tempo de exaustão a 100% do pico de velocidade do Teste de Carminatti; TE no PV T-CAR), lactato sanguíneo [La], percepção subjetiva de esforço (PSE) e salto com contramovimento (CMJ) em atletas de futebol profissional. Trata-se de um ensaio clínico triplo cego, cruzado, randomizado e controlado por placebo, conduzido na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), sob número RBR-10mdc4h7 no Registro Brasileiro de Ensaios Clínicos (ReBEC). O protocolo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos (CAAE: 68265523.6.0000.0121, protocolo: 7.197.048). Participaram do estudo 15 jogadores de futebol da categoria Sub-20 (com idade entre 17 e 20 anos), do sexo masculino, regularmente envolvidos em competições e com no mínimo dois anos de prática sistemática da modalidade. Os atletas apresentaram massa corporal de 72,86 ± 7,79 kg, estatura de 180,81 ± 5,68 cm e percentual de gordura corporal de 14,73 ± 2,56%. Os critérios de exclusão foram: presença de lesão óssea e/ou muscular; uso de medicação anti-inflamatória; uso de suplemento à base de taurina ou de cafeína 24 horas antes dos protocolos; presença de alguma doença no sistema nervoso central; ou não finalização dos testes físicos. No Dia 0 da Etapa 1, os participantes foram apresentados ao projeto no clube e assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) ou o Termo de Assentimento Livre e Esclarecido (TALE). No Dia 1, realizaram o teste de Carminatti (T-CAR) para determinação da velocidade máxima (PV). Dois dias depois, após jejum de 8 horas, foram realizadas a avaliação da composição corporal, aplicação de questionários e divisão aleatória dos participantes em dois grupos: Grupo TAU (3 g de taurina) e Grupo PLA (placebo com 3 g de maltodextrina). Na Etapa 2, os participantes ingeriram a substância correspondente ao seu grupo 60 minutos antes dos testes, seguidos de uma refeição padronizada. Em seguida, realizaram os testes: salto CMJ, RSA e TE no PV-TCAR, além da coleta de lactato sanguíneo e da avaliação de PSE após os dois últimos testes. Na Etapa 3, após sete dias de washout, os tratamentos foram invertidos e o protocolo foi repetido. Na Etapa 4, o mesmo protocolo foi realizado sem ingestão de taurina ou placebo, servindo como baseline para análise dos dados. Não foram observadas diferenças estatisticamente significativas entre as condições placebo e taurina para a altura do CMJ (p = 0,107), tempo médio dos sprints (p = 0,126), melhor sprint (p = 0,785), índice de fadiga (p = 0,235), bem como, o TE no PV T-CAR (p = 0,916). Não houveram ainda diferenças significativas nas variáveis fisiológicas, [La] após os testes de RSA (p = 0,476) e TE no PV T-CAR (p = 0,631), e as frequências cardíacas média (p = 0,426) e máxima (p = p = 0,250) durante o TE no PV T-CAR. A PSE não diferiu significativamente entre taurina e placebo nos testes de RSA (p = 0,261) e TE no PV T-CAR (p = 0,242). Conclui-se que a suplementação aguda de taurina (3 g) não melhorou os parâmetros de desempenho físico quando comparada ao placebo em atletas de futebol profissional do sexo masculino.Abstract: Taurine (2-aminoethanesulfonic acid) is a conditionally essential amino acid, synthesized in the liver from methionine and cysteine, and contains sulfur in its structure. Taurine supplementation has been investigated as a potential nutritional ergogenic aid. The aim of this study was to evaluate the acute ergogenic effects of taurine supplementation on anaerobic performance (repeated sprints; RSA), aerobic performance (time to exhaustion at 100% of peak velocity in the Carminatti Test; TE at PV T-CAR), blood lactate concentration [La], rating of perceived exertion (RPE), and countermovement jump (CMJ) in professional male soccer players. This was a triple-blind, crossover, randomized, placebo-controlled clinical trial conducted at the Federal University of Santa Catarina (UFSC), registered under number RBR10mdc4h7 in the Brazilian Clinical Trials Registry (ReBEC). The protocol was approved by the Human Research Ethics Committee (CAAE: 68265523.6.0000.0121, protocol: 7.197.048). Fifteen male Under-20 soccer players (aged 17 to 20), regularly involved in competitions and with at least two years of systematic training, participated in the study. The athletes had a body mass of 72.86 ± 7.79 kg, height of 180.81 ± 5.68 cm, and body fat percentage of 14.73 ± 2.56%. Exclusion criteria included: presence of bone and/or muscle injury; use of antiinflammatory medication; use of taurine- or caffeine-based supplements within 24 hours prior to the protocols; presence of any central nervous system disorder; or failure to complete the physical tests. On Day 0 of Phase 1, participants were introduced to the study at the club and signed the Informed Consent Form (ICF) or the Assent Form (TALE). On Day 1, they performed the Carminatti Test (T-CAR) to determine peak velocity (PV). Two days later, after an 8-hour fast, body composition assessments, questionnaires, and randomization into two groups were conducted: TAU Group (3 g of taurine) and PLA Group (3 g of maltodextrin as placebo). In Phase 2, participants ingested the substance corresponding to their group 60 minutes before the tests, followed by a standardized meal. They then performed the CMJ, RSA, and TE at PV-TCAR tests. Blood lactate and RPE were recorded after the last two tests. In Phase 3, after a seven-day washout, treatments were switched and the protocol was repeated. In Phase 4, the same protocol was conducted without ingestion of taurine or placebo, serving as a baseline for data analysis. No statistically significant differences were found between the taurine and placebo conditions for CMJ height (p = 0.107), average sprint time (p = 0.126), best sprint (p = 0.785), fatigue index (p = 0.235), or TE at PV T-CAR (p = 0.916). No significant differences were observed in physiological variables, including [La] after RSA (p = 0.476) and TE at PV T-CAR (p = 0.631), and average (p = 0.426) and maximum (p = 0.250) heart rates during the TE at PV T-CAR. RPE also did not differ significantly between taurine and placebo in the RSA (p = 0.261) and TE at PV T-CAR (p = 0.242) tests.§It is concluded that acute taurine supplementation (3 g) did not improve physical performance parameters compared to placebo in professional male soccer players.
Description: Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Nutrição, Florianópolis, 2025.
URI: https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/265604
Date: 2025


Files in this item

Files Size Format View
PNTR0383-D.pdf 4.413Mb PDF View/Open

This item appears in the following Collection(s)

Show full item record

Search DSpace


Browse

My Account

Statistics

Compartilhar