Abstract:
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OBJETIVO: Estimar a prevalência de excesso de peso e identificar associações com fatores demográficos, socioeconômicos, biológicos, perinatais e comportamentais em adolescentes de Florianópolis, em 2007. MÉTODOS: A amostra foi proporcional, estratificada conforme rede escolar (pública/privada) e região sócio-geográfica, distribuída nas escolas de ensino fundamental. Foram estudados 1593 adolescentes de 11 a 14 anos de 18 escolas representativas das regiões do município de Florianópolis, SC. Analisaram-se fatores relativos ao estilo de vida, eventos biológicos e perinatais dos adolescentes, juntamente com características sóciodemográficas e familiares, relacionadas ao excesso de peso nos adolescentes. Para a estimativa da prevalência foram utilizados os pontos de corte para a população brasileira e internacional, para idade e sexo. Análises multivariadas expressas como razão de prevalência foram usadas para identificar associações. RESULTADOS: A prevalência de excesso de peso foi de 20,0% (24,8% meninos, 15,7% meninas) pela referência internacional e de 26,0% (30,9% meninos, 21,8% meninas), pelo critério brasileiro. Após análises ajustadas no modelo final, foi observada uma associação positiva com excesso de peso entre os adolescentes do sexo masculino para as seguintes variáveis: renda familiar, sobrepeso de um ou dos dois pais e atividade sedentária (Tempo de TV e vídeo game/computador), por mais de 8hs diárias durante o fim de semana. Entre as meninas, o excesso de peso dos pais mais que triplicou a probabilidade para excesso de peso. Realizar três ou menos refeições no dia anterior e apresentar diferenças no pareamento entre pêlos pubianos e mamas, completaram o elenco dos fatores de risco para excesso de peso entre as meninas. CONCLUSÕES: A renda familiar mostrou efeitos antagônicos sobre o IMC de meninos e meninas. Entre as variáveis analisadas, destaca-se o estado nutricional dos pais como um importante fator associado ao excesso de peso dos adolescentes, independente dos demais fatores que compuseram o modelo. Programas de prevenção devem ser conduzidos no intuito de modificar comportamentos relacionados ao ambiente familiar, em todos os estratos sociais. |