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Os danos induzidos pelo estresse oxidativo nas células e tecidos têm sido relacionados com a etiologia de várias doenças, dentre elas, as cardiovasculares (DCV). Sendo assim, é crescente o interesse em tratamentos que visem a redução do estresse oxidativo, particularmente através da utilização de antioxidantes de origem alimentar. Os compostos fenólicos estão presentes em uma variedade de alimentos e bebidas de origem vegetal e fazem parte da dieta humana, sendo que o consumo de alimentos ricos nesses compostos tem sido associado a uma diminuição no risco de DCV. Diversos estudos in vitro e experimentais demonstraram que os compostos fenólicos, derivados da erva mate, exercem atividade antioxidante. Diante disso, o propósito do presente estudo foi avaliar a atividade antioxidante da ingestão prolongada de erva mate em indivíduos com dislipidemia. Os voluntários foram monitorados por 30 dias, caracterizando o período basal e, após, foram randomizados em três diferentes grupos: dieta controle (DC), erva mate (EM) e erva mate com dieta controle (ED). Os participantes receberam intervenção por 90 dias, sendo que os grupos foram avaliados após 20, 40, 60 e 90 dias de tratamento. Para verificar o potencial antioxidante da erva mate, no sangue dos indivíduos, foram analisados os parâmetros capacidade antioxidante (FRAP), glutationa reduzida (GSH), enzima paroxonase (PON1), hidroperóxidos lipídicos (LOOH) e proteína carbonilada (PC). A fim de avaliar o perfil lipídico, utilizou-se os parâmetros colesterol total (CT), colesterol ligado à lipoproteína de alta densidade (HDL-c), colesterol ligado à lipoproteína de baixa densidade (LDL-c), Não HDL-c e triglicerídeos (TG). A amostra foi composta por 74 voluntários dislipidêmicos, com idade média de 48 ± 11 anos, sendo 17 homens e 57 mulheres. Em relação à atividade antioxidante, foi observado aumento significativo nas concentrações de GSH e FRAP nos três grupos de intervenção e de PON1 no grupo ED. Não foi demonstrada redução significativa nos parâmetros de LOOH e PC em nenhum dos tratamentos. Quanto ao perfil lipídico, a erva mate ingerida, isoladamente, promoveu diminuição significativa nos valores de LDL-c em todos os tempos do estudo e, no grupo DC, houve redução somente após 40 dias de intervenção. Além disso, foi observada uma diminuição significativa nos valores de Não HDL-c nos três grupos de intervenção. Sendo assim, a ingestão prolongada da erva mate, associada ou não a uma dieta controle, apresentou potencial antioxidante e hipolipemiante em indivíduos com dislipidemia. |
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