Prevalência, fatores associados e barreiras ao consumo de peixes e frutos do mar em escolares do munícipio de Florianópolis - SC

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Prevalência, fatores associados e barreiras ao consumo de peixes e frutos do mar em escolares do munícipio de Florianópolis - SC

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Title: Prevalência, fatores associados e barreiras ao consumo de peixes e frutos do mar em escolares do munícipio de Florianópolis - SC
Author: Silva, Adriana de Mello
Abstract: Devido às recomendações nutricionais que incentivam o consumo de peixes e frutos do mar e a importância da inclusão destes alimentos na alimentação escolar foram realizados dois estudos sobre o tema. Objetivos: estimar a prevalência e os fatores associados ao consumo de peixes e frutos do mar em escolares de Florianópolis. O objetivo secundário foi investigar as opiniões das cozinheiras da rede municipal de ensino fundamental sobre a aceitação dos peixes e frutos do mar entre os escolares, definindo as barreiras para a sua utilização no Programa Municipal de Alimentação Escolar de Florianópolis. Métodos: para a investigação da prevalência e fatores associados ao consumo de peixes e frutos do mar foi realizado estudo transversal com amostra probabilística de 2826 escolares (sete a 14 anos). Análises de regressão logística multivariada foram conduzidas para avaliar a associação entre o consumo de peixes e frutos do mar (variável desfecho) com fatores sociodemográficos (variáveis independentes). Os resultados foram expressos como razão de chance. Participaram da coleta de dados para a investigação qualitativa das opiniões sobre a aceitação desses alimentos entre os escolares, 68 cozinheiras. Os dados foram coletados por meio de um questionário com nove perguntas, cinco questões relativas ao consumo de peixes e frutos do mar pelas cozinheiras e quatro referentes às preparações a base destes produtos oferecidos na alimentação escolar e as barreiras percebidas para o consumo entre os escolares. Resultados: a prevalência de consumo foi de 12,6% (11% meninas, 13,7% meninos). Maior chance de consumo foi observada em escolares: do sexo masculino (RC 1,33; IC 1,27-1,40), com idade entre sete e 10 anos em comparação aos entre 11 e 14 anos (RC 1,18; IC 1,12-1,24); da rede privada em oposição aos da pública (RC 1,78; IC 1,66-1,91); que relataram o consumo nos domingos ou feriados em comparação aos dias de semana (RC 1,67; IC 1,58-1,78); com renda familiar mensal ? R$ 2000,00 (RC 1,62; IC 1,53-1,73); com mães que relataram mais de oito anos de escolaridade (RC 1,30; IC 1,21-1,40). Escolares que relataram consumo de peixes e/ou frutos do mar apresentaram menor chance de consumo de carne bovina e/ou frango no mesmo dia (RC 2,48; IC 2,35-2,61). As principais barreiras citadas foram relacionadas ao desgosto dos escolares pelo sabor do peixe, tipos de preparações e tipos de peixe e frutos do mar utilizados nas escolas. Também foi citado que os escolares não têm o hábito de consumo destes produtos e que os professores não incentivam o consumo. Na opinião das cozinheiras a aceitabilidade destes produtos entre os escolares poderia aumentar com a mudança dos tipos de peixes e frutos do mar oferecidos na alimentação escolar, com o conhecimento dos hábitos alimentares dos escolares em relação a peixes e frutos do mar, com a realização de preparações mais elaboradas e com o incentivo dos professores. Conclusões: a prevalência do consumo de peixes e/ou frutos do mar nos escolares de Florianópolis foi baixa, considerando os benefícios nutricionais, as recomendações atuais e a disponibilidade do produto na cidade. Há necessidade de maior atenção para as barreiras encontradas, principalmente no aprimoramento do sabor das preparações com peixes e frutos do mar. A identificação dos fatores associados ao consumo de peixes entre os escolares fornece informações para intervenções em políticas públicas. Além disso, os dados levantados fornecem subsídios para programas de intervenção e novos estudos dirigidos ao levantamento de outras barreiras para a utilização de peixes e frutos do mar na alimentação escolar.Due to nutritional recommendations that stimulate fish and seafood consumption and the inclusion of these foods in school feeding programs, two studies about the theme were carried out. Objectives: estimate the prevalence and the associated factors related to fish and seafood consumption by students of the county of Florianopolis. The secondary objective was investigate opinions on the acceptance of fish and seafood among students, taking into account the opinions of cooks working at the county teaching net, defining the barriers for their utilization in the Florianopolis County School Feeding Program. Methods: To investigation the prevalence and the associated factors related to fish and seafood consumption was conducted cross-sectional study with probabilistic sample of 2.826 students from seven to 14 years old. Multivariate logistic regression analysis were performed to evaluate the association between fish and seafood consumption (outcome variable) with socio-demographic factors (independent variables). Results were expressed as odd ratio. Participated in data collection for qualitative study opinions on the acceptance of these foods among school children, 68 cooks. Data were collected through a questionnaire with nine questions: five questions relating to fish and seafood consumption by the cooks, and four regarding the preparation of dishes based on these products in the school feeding program; studies on the barriers perceived for the consumption of these kinds of food were also studied. Results: consumption prevalence was of 12.6% (11% girls and 13.7% boys). Higher consumption chance was observed in male students (OR 1.33; IC 1.27-1.40), aging from 7 to 10 years old as compared to those aging from 11 to 14 years old (OR 1.18; IC 1.12-1.24); private schools as opposed to public schools (OR 1.78; IC 1.66-1.91); who reported consumption on the weekends and holidays compared to the weekdays (OR 1.67; IC 1.58-1.78); with monthly family income less than R$ 2000,00 (OR 1.62; IC 1.53-1.73); with mothers who reported more than eight years schooling (OR 1.30; IC 1.21-1.40). Students who reported the consumption of fish and seafood present smaller chance of beef and chicken meat consumption at the same day (OR 2.48; IC 2.35; IC 2.35-2.61). The main barriers cited were: students do not like the fish flavor, the way the food is prepared, the fish species and the seafood used to prepare the dishes, and not having the habit of eating fish. The following opinions were pointed out by the students: change the fish species and the seafood used, better knowledge on their food consumption habits, preparation of more elaborated dishes and the stimulus of the teachers. Conclusions: fish consumption prevalence and/or seafood in students from Florianopolis was low, taking into account the nutritional benefits, the nowadays recommendations and the availability of the product in the city. It is concluded that there is the need of paying more attention to the barriers found, mainly regarding the flavor of the dishes prepared with fish and seafood. Identification of the factors associated to the consumption of fish among the students provides important information for public policies intervention. The data obtained give important subsidies for intervention programs and new studies directed to survey other barriers for the utilization of fish and seafood in school feeding programs.
Description: Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde. Programa de Pós-Graduação em Nutrição
URI: http://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/96298
Date: 2012


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