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O leite humano é comprovadamente a melhor forma de alimentar bebês nascidos pré-termo e a termo, pois fornece todos os nutrientes que garantem seu crescimento e desenvolvimento integral de sua saúde. Os ácidos graxos contidos no leite materno possuem papel fundamental no desenvolvimento do sistema neuropsicomotor, proteção da saúde e fonte energética do recém-nascido que o recebe como alimento e há evidências de que podem ser influenciados pela dieta materna. O objetivo deste trabalho foi determinar e comparar a composição em ácidos graxos do colostro e leite maduro, produzido por nutrizes de recém-nascidos pré-termo e a termo, da Maternidade do Hospital Universitário da Universidade Federal de Santa Catarina/UFSC, em Florianópolis, SC. Baseado na análise por cromatografia gasosa, o conteúdo médio de ácido alfa-linolênico (C18:3n3) encontrado foi de 0,92 e 0,74% no colostro e 0,70 e 0,86% no leite maduro nos grupos pré-termo e a termo, respectivamente. Foram determinados conteúdos baixos de EPA (ácido eicosapentaenóico - C22:5 n3) e DHA (ácido docosahexaenóico - C22:6 n3) em ambos os grupos. Para EPA, um conteúdo de 0,02% no colostro (grupos pré-termo e a termo) e 0,01% no leite maduro (grupos pré-termo e a termo). O conteúdo de DHA foi 0,10% e 0,09% no colostro dos grupos pré-termo e a termo, respectivamente, e 0,05 e 0,03% no leite maduro dos grupos pré-termo e a termo, respectivamente. Nos grupos pré-termo e a termo, foi observada uma redução significativa dos níveis de DHA do colostro para o leite maduro. A comparação entre os grupos pré-termo e a termo mostrou que o conteúdo de ácido elaídico (C18:1 n9t) foi significativamente mais elevado no leite maduro a termo. Os níveis de ácido elaídico foram significativamente mais elevados no colostro em comparação com o leite maduro no grupo pré-termo (de 1,45% para 1,02%) e sem diferença significativa no grupo a termo (de 1,41% para 1,67%). O conteúdo de ácido rumênico (C18:2 n9c11t - CLA) elevou significativamente com o amadurecimento do leite no grupo pré-termo (de 0,04% para 0,05%) e foi significativamente menor no colostro do grupo pré-termo em comparação com o colostro do grupo a termo (0,04% e 0,06%, respectivamente). Os resultados mostram que, de modo geral, as maiores diferenças observadas foram entre o colostro e leite maduro para ambos os grupos e não entre as mães pré-termo e a termo. A maior exceção foi para ácido linoléico (C18:2n6), que apresentou valores significativamente mais elevados no colostro e leite maduro do grupo pré-termo (20,09% e 20,77%, respectivamente) em relação ao colostro e leite maduro do grupo a termo (17,82% e 18,09%, respectivamente). Ações educativas são importantes para modificar a dieta materna durante os períodos de gestação e lactação a fim de promover um aumento de ácidos graxos como EPA, DHA e CLA e reduzir ácidos graxos trans a partir de gorduras parcialmente hidrogenadas ao bebê desde sua concepção até o período final de desmame. |
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