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O Brasil, e sobretudo o estado de Santa Catarina, possui a pesca como um importante setor
econômico. Durante muito tempo, a industrialização de pescados foi feita visando apenas o
produto principal, no caso do peixe, o filé. A filetagem é um processo com baixo rendimento,
pois na maioria das espécies o produto final sem pele é menos de 50% do peso inicial. Seus
resíduos, portanto, são descartados ou empregados em produtos com baixo valor agregado.
Atualmente, ainda há um grande desconhecimento acerca das possíveis destinações desse tipo
de material, acarretando em um desperdício que pode causar sérios danos ecológicos. Esses
subprodutos são muito ricos nutricionalmente, e possuem diversos compostos de interesse,
como proteínas e ácidos graxos de cadeia longa, entre eles ômega-6 e ômega-3, além de
vitaminas. Dessa forma, diversos estudos buscam alternativas de usos para esses rejeitos, que
variam de processos mais conhecidos àqueles inovativos. Assim, o presente trabalho buscou
analisar, de forma simplificada, a pesca e sua indústria, a problemática do descarte inadequado,
e apresentar as diferentes destinações, que foram divididas entre as categorias de alimentação
animal, energia e moda, alimentação humana e indústria biotecnológica e farmacêutica. Com
tantas possibilidades de usos, que variam até mesmo em nível de tecnologia e investimento
necessário, muitas indústrias podem fazer dessa a sua vantagem competitiva, agregando valor
em algo que antes gerava custos. |
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