Acesso a medicamentos

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Title: Acesso a medicamentos
Author: Bertoldi, Thiago Girardi
Abstract: O presente trabalho de conclusão de curso tem como objetivo geral analisar as negativas da administração pública no fornecimento de medicamentos e propor medidas a fim de mitigar seus efeitos, de forma que o executivo, sobretudo em nível estadual e municipal, não possa se eximir do cumprimento do pleno direito à saúde. Portanto, o presente trabalho se restringe aos casos em que a administração pública figura como requisitado. Quanto ao método utilizado, adota-se de uma abordagem descritiva que se utiliza do estudo de caso para realizar uma análise qualitativa acerca da realidade brasileira do acesso aos medicamentos. Além da técnica de pesquisa bibliográfica, por meio de uma análise hermenêutica espera-se que seja possível propor medidas que auxiliem o Poder Público a se adequar à jurisprudência e cumprir com os requisitos exigidos para a concessão dos medicamentos, fortalecendo a via administrativa. Apoiado na revisão de literatura sobre o tema, verificou-se que, o direito à saúde é um direito fundamental social individual e coletivo, um direito de todos. O dever do Estado para com o direito à saúde consiste em reduzir doenças, promover, proteger e recuperar a saúde por meio de políticas públicas, uma atribuição comum dos entes da federação. As ações e serviços de saúde possuem relevância pública e integram o SUS, sendo asseguradas a todos as mesmas condições de acessar o sistema público de saúde. No campo de atuação do Sistema Único de Saúde, encontra-se a assistência farmacêutica, cujo modelo de assistência e a repartição de competências para o fornecimento de medicamentos são delineados pela Política Nacional de Medicamentos. Cabe aos entes federativos elaborar previamente suas respectivas listas e, em colaboração, adquirir os referidos medicamentos e fornecê-los gratuitamente à população. Em que pese o acesso ser universal, igualitário e gratuito, constatou-se que, na prática, existem uma série de desafios que dificultam a disponibilidade do medicamento à população. Nesse contexto, caso não sejam propostas melhorias, a tendência é que, com o crescente e acelerado envelhecimento da população, a situação se agrave ainda mais. Além dos parâmetros já estabelecidos, os Tribunais Superiores têm decidido, ao longo dos anos, sobre o fornecimento de medicamentos padronizados, não padronizados e sem registro na ANVISA, fixando teses que devem ser observadas pelos demais tribunais e também pelo Poder Público, a exemplo dos estabelecidos pela recente decisão proferida em setembro de 2024, parâmetros que já estavam sendo observados por alguns desembargadores do TJSC. Ao final, conclui-se que, diante da necessidade de oficiar os órgãos competentes, sugere-se a possibilidade de a PGE elaborar uma resolução administrativa na qual conste todas as informações necessárias para a concessão do medicamento não padronizado na via administrativa. Isto posto, além de conferir mais segurança aos órgãos competentes, possibilitará à PGE auxiliar o Poder Público a tomar as providências necessárias, fortalecendo a autonomia do Estado na via administrativa, e reduzindo, ainda, demandas judiciais repetitivas.
Description: TCC (graduação) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Jurídicas, Direito.
URI: https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/262790
Date: 2024-12-09


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