Estratégias de valorização de resíduos do processamento de matérias-primas amazônicas com potencial aplicação em alimentos e cosméticos

Abstract

Esta pesquisa teve como objetivo identificar estudos, avanços tecnológicos, métodos de recuperação de biomoléculas e voltadas para a valorização dos resíduos derivados do processamento das matérias-primas amazônicas (coprodutos), ainda pouco exploradas pela indústria de alimentos e de cosméticos. Buscou-se demonstrar as técnicas de extração mais utilizadas, tanto em pesquisas quanto na indústria, para identificar as macromoléculas e os compostos bioativos presentes em cada parte da matéria-prima, bem como discutiu-se criticamente de que forma seus coprodutos podem ser aproveitados na indústria de alimentos, cosméticos e embalagens. Além disso, foi abordado como a valorização dos coprodutos das matérias-primas amazônicas, contribuem para o desenvolvimento sustentável, social e econômico da região amazônica e de sua população, Assim, foi realizada uma pesquisa sobre trabalhos acadêmicos (artigos, teses e dissertações) relacionados ao tema nas bases de dados Scopus, Science Direct, Google acadêmico, repositórios de universidades, utilizando as seguintes palavras-chave em português e inglês como ferramentas de busca: “bioeconomia” ou “bioeconomy”; “Amazônia” ou “Amazonia”; “fruto amazônico” ou “amazon fruit”; “coprodutos” ou “co-products”; “resíduos” ou “waste”; “metéria-prima” ou “raw material”. Os trabalhos foram avaliados quanto as matérias-primas mais e menos exploradas pela indústria e economia local, e foi apresentada uma discussão crítica sobre inovações na recuperação e aplicações de coprodutos de materiais com potenciais aplicações poderiam ainda ser explorados. Foram encontrados 45 artigos sobre o tema, com destaque para o camu-camu e cupuaçu. Notou-se que a matéria-prima Inajá e ainda é pouco explorada industrialmente. A maioria das aplicações dos coprodutos estão direcionadas para a área de alimentos e cosméticos. Então faz-se necessário direcionar estudos para desenvolvimento de embalagens sustentáveis. Desenvolver mais pesquisas e avaliar técnicas de extração para melhorar a eficiência na recuperação de biomoléculas das matéria-prima inajá, e avaliar aplicações em alimentos e cosméticos, além de realizar testes citotoxicológico, ampliando as possibilidades de aproveitamento sustentável, agregando valor à biodiversidade.